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Ratos trocam queijo de ratoeira por banana
Por Bruno Ribeiro
Especial para o Diário
14/11/2005 | 07:50
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Colocar panos nas frestas das portas. Deixar a comida no alto dos armários. Manter os vidros fechados, independentemente do calor. Limpar a casa três, às vezes quatro vezes por dia. Recolher o lixo o tempo todo. A rotina é diária, mas nada disso adianta para evitar que os ratos invadam as casas da rua Amarilis, na Vila Cecília Maria, em Santo André. Só amenizam o problema. Os roedores atacam a comida, fazem barulho no telhado, destroem a fiação elétrica e de telefone das casas e ainda há o risco de transmitirem doenças à população. Os moradores da rua acreditam que o esconderijo dos ratos sejam as margens do rio Apiaí, que fica no fim da Amarilis.

“Tenho que pedir licença, fazendo bastante barulho para espantá-los, para poder passar na ponte acima do rio”, conta a dona-de-casa Neide Ibidi da Silva, 38 anos. “Esses ratos gostam de imitar macacos. Além de terem os pêlos pretos, o rabo enorme e ficarem se pendurando em qualquer coisa, eles preferem comer a banana que guardo no alto da fruteira ao invés do queijo que a gente coloca na ratoeira”, afirma com bom humor a moradora.

Córrego – A vizinha de Neide, a  dona-de-casa Elisabete Flausino Moretti, diz que a invasão ostensiva dos ratos a sua casa começou há cerca de 20 dias. “Moro aqui há quatro anos. Eles sempre ficaram nas margens do córrego, mas de 20 dias para cá eles invadem a dispensa da minha casa. Já entraram até no meu carro”, diz a moradora.

Os ratos assustam as moradoras. Quando entram no forro dos telhados, parece gente andando em cima da casa. Em frente à residência de Elisabete, vive Maria Braganti Alves, 76 anos, moradora da Vila Cecília Maria desde 1955. De todas, ela é a que mais contabiliza prejuízos com os roedores. Ela diz que os ratos entraram pelo telhado e destruíram toda a fiação telefônica.

Os ratos tiram o sono das moradoras da rua Amarilis. “Parece uma festa no nosso telhado. É um vaievém frenético, o barulho das patinhas correndo chega a dar aflição”, relata Maria.

Todas as mulheres são unânimes em afirmar que o motivo dessa proliferação de ratos é a falta de limpeza nas margens do rio, que não é acontece há meses. Responsabilidade que é da Prefeitura de Santo André.

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) informou que irá verificar as condições do córrego e as medidas que serão tomadas. A promessa é que os técnicos municipais visitem o local na próxima quarta-feira.




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