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Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

Incompetência do governo federal
Do Diário do Grande ABC
18/05/2021 | 23:59
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Cloroquina. Tratamento precoce. Teorias da conspiração. Falta de apoio econômico à população e aos comerciantes. Ritmo lento na vacinação. Motivos não faltam para rotular a gestão de Jair Bolsonaro na pandemia como desastrosa. Sua promoção de curas ineficazes causou milhares de mortes evitáveis. Agravou a pandemia a ponto de deixar os hospitais completamente lotados. Fez até mesmo que remédios que não servem para o tratamento da Covid-19, mas que são eficazes contra outras doenças, tivessem seus estoques esgotados nas farmácias. O Brasil vive sob ameaça de terceira onda que, segundo especialistas, seria mais mortal que as duas primeiras. Tudo isso poderia ser evitado se o Ministério da Saúde não tivesse sido ocupado por ministro despreparado e omisso por quase um ano.

O governo brasileiro recusou 11 ofertas de fornecimento de vacinas contra a Covid-19 no ano passado, quando dezenas de outros países já agilizavam o planejamento de vacinação. O Ministério da Saúde ignorou todas as propostas. Há provas documentais dessa omissão, que estão sendo levadas à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga a postura do governo na pandemia. Já são mais de 430 mil mortes e recordes negativos atrás de recordes negativos. A resposta de Bolsonaro e sua turma tem sido combinação de negação da doença e omissão. Também contribuiu para esse número de mortes o tamanho da desigualdade no País. Os R$ 600 do auxílio emergencial só foram pagos no ano passado graças à oposição – o presidente, desde o início, queria pagar 1/3 apenas desse valor. O que você consegue comprar hoje com R$ 150? O saco de arroz chega aos R$ 30, o quilo da carne ultrapassa os R$ 40, sem contar o litro de etanol, a R$ 4, e o de gasolina, a R$ 6.

Aliado ao despreparo de Bolsonaro, alguns de seus seguidores lunáticos ainda promovem manifestações contra as restrições. Mesmo após tantas mortes insistem que ‘a fome mata mais que o vírus’. Médicos e cientistas são unânimes: sem um confinamento eficiente de pelo menos três semanas o Brasil não vai conter a transmissão, mesmo com a vacina. Não há plano de gestão nacional, diretrizes claras, campanha de informação e nem mesmo postura de um chefe de Estado. Sem isso não há dúvida de que a catástrofe será ainda maior. Temos presidente negacionista e que sempre caminhou no sentido oposto ao da ciência. Por outro lado, verdadeiros heróis estão nos hospitais tentando salvar vidas em País de governo omisso e irresponsável. Eles sim merecem todas as honrarias e as homenagens possíveis. Que a CPI da Covid seja implacável e responsabilize os culpados por essa tragédia. As famílias de 430 mil vítimas precisam e merecem resposta.

Luiz Fernando Teixeira Ferreira é deputado estadual (PT-SP).


PALAVRA DO LEITOR

Buraco na via
Peço encarecidamente às autoridades que deem um jeito, definitivo, no buraco que insiste em abrir na Avenida Atlântica, em Santo André, na altura do número 350, próximo à praça. Não é de hoje que o asfalto cede, com vazamento contínuo. Os serviços de reparo se mostram gambiarras, já que semanalmente o buraco se abre.
Renan Henrique dos Reis
Santo André


Esqueceu?
Sobre a carta do meu amigo e também jornalista Arlindo Ligeirinho Ribeiro (Diário, 63 anos – 3, dia 12), esqueceu do também saudoso Fausto Polesi, que era diretor de Redação e responsável pelos editoriais. O Fausto também escrevia crônicas que no jornal eram publicadas e assinadas pelo pseudônimo de Roterdan Cravo. Já os livros publicados por Fausto Polesi pela Editora Soma foram os seguintes: Normas de Redação, em 1976; A Reportagem e Comunicação Social, 1981; Editoriais, 1982. O mais importante foi o de crônicas intitulada Na Toca da Onça. E eu também trabalhei no Diário, onde iniciei a carreira de jornalista profissional como repórter de geral e de política em julho de 1968 até fevereiro de 1969, tendo sido aprovado em teste por Fausto Polesi. Depois fui demitido, mas retornei mais duas vezes: em janeiro de 1970 até junho de 1972, e fevereiro de 1974 até março de 1976.
Hildebrando Pafundi
Santo André


Urna eletrônica
O assunto não é novo e volta e meia vem à tona: desconfiança no voto eletrônico. Todos sabemos que qualquer sistema eletrônico é manuseado pelo ser humano e, com voto impresso, o processo eleitoral torna-se mais confiável e transparente. A quem não interessa a implementação? Com poder de deus, será que ao político STF (Supremo Tribunal Federal), onde um ministro é o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)? Entendo valida a ideia de impressão do voto, até porque, nos outros 35 países que usam urnas eletrônicas, todos, sem exceção, o fazem com voto impresso, mesmo as urnas sendo mais modernas do que as utilizadas no Brasil. Por que não utilizar nosso know how no assunto e aperfeiçoá-lo? O mais difícil já temos, que é a abrangência, com praticamente 100% do território nacional coberto pelas urnas. Uma coisa que nos deixa com a pulga atrás da orelha também é: por que muitos países desenvolvidos e de primeiro mundo não utilizam urna eletrônica? Todo cuidado para eleição limpa, segura e transparente é bem-vindo.
Mauri Fontes
Santo André


CPI da Covid
Deixo aqui meus sentimentos aos familiares de quase 420 mil vidas ceifadas pela Covid-19. Como aposentado, e também em isolamento físico, estou assistindo ao circo desta CPI, e ao depoimento do ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten, que, ao mentir, teve voz de prisão do relator Renan Calheiros, que tem ficha corrida de dar medo. Quando os ânimos já estavam quase fora de controle, aparece o filho do presidente Flávio Bolsonaro, que já estava em seu gabinete, de sobreaviso, para entrar em ação, o qual não faz parte da CPI, para xingar o relator e dar stop in go. Pura armação! Agora quero ver o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que tem culpa e muito pela morte de milhares de pessoas, principalmente de Manaus, pela sua incompetência, e também quem o colocou no cargo. E pensar que votei nele! Se arrependimento matasse, eu já não estaria escrevendo aqui, nesta prestigiada Palavra do Leitor.
Cláudio A. S. De Moraes
Santo André 




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