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Técnicos da região analisam vexame e pensam na Holanda

Edson Boaro, Sérgio Soares e Ivan Izzo creem em mudança do futebol brasileiro após massacre alemão

Renato Gerbelli
Especial para o Diário
11/07/2014 | 07:00
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Montagem/DGABC


Com a trágica derrota do Brasil para Alemanha, muito foi discutido sobre o esquema tático montado pelo técnico Luiz Felipe Scolari e sobre o futuro do futebol brasileiro. O assunto também não fugiu dos treinadores da região, que avaliaram a triste mancha no futebol nacional.

Para o técnico do São Bernardo, Edson Boaro, é hora de revolucionar a forma de fazer futebol no País. “Para o futebol, a goleada alemã foi positiva. O mau futebol não pode prevalecer. Temos que tomar isso como lição e revolucionar a parte administrativa em geral do esporte. Alguma coisa tem que ser feita para melhorar o futebol do País”, afirmou Boaro.

O técnico Sérgio Soares, que teve passagens por Santo André e São Caetano e atualmente está no Ceará, também concorda que o futebol nacional está defasado. “Temos jogadores nas principais ligas europeias, mas, dentro do Brasil, se joga um futebol lento e espaçado. Precisamos trabalhar com mais dinâmica, com transições rápidas. A técnica dos nossos jogadores é inegável, mas temos que melhorar a tática também”, disse.

Sobre o jogo contra a Alemanha, o comandante do São Bernardo avaliou que Felipão entrou com a equipe exposta. “O time ficou muito aberto com três atacantes. Não tinha lógica deixar a Seleção tão exposta contra a Alemanha, que gosta de trocar passes. Acredito que a formação da equipe, a falta de treinamentos e as poucas opções de troca no banco foram determinantes para humilhação que sofremos.”

Já Sérgio Soares entendeu a opção de Felipão por colocar Bernard no lugar de Neymar. “É difícil explicar o inexplicável. O time teve um desajuste e não se acertou mais. Mas o Felipão achou que poderia explorar o lado esquerdo com a velocidade do Bernard e tinha a intenção de que os pontas fechassem o meio campo, mas não deu certo”, analisou.

BRASIL X HOLANDA

Depois do massacre alemão, a preocupação dos treinadores é de como os jogadores vão entrar em campo para a disputa do terceiro lugar, amanhã, diante da Holanda.

“Acho que a comissão técnica tem tempo hábil para trabalhar os atletas para que eles não levem o resultado contra a Alemanha para o próximo jogo. No Mundial, os resultados foram quase sempre muito parelhos. O Brasil, pela qualidade técnica, pode vencer”, apostou o técnico do Santo André, Ivan Izzo.

Sérgio Soares é outro que acredita na Seleção canarinho, mas faria uma alteração para a partida de amanhã. “Entraria com Willian na vaga de Hulk ou Bernard. A Holanda trabalha compacta. Precisamos preencher o meio campo e ter mais aproximação no ataque. Será um jogo de entrega. Os jogadores têm que entender que o resultado foi ruim e precisam amenizar o que aconteceu”, opinou.

Já Edson Boaro não vê o Brasil em condições de encarar a Laranja Mecânica. “A Seleção não apresentou bom futebol durante o torneio. Não acredito que aconteçam variações táticas, pois Felipão convocou atletas com as mesmas características. Se mudar será seis por meia dúzia. Do jeito que está, acho difícil ganhar da Holanda. Diferentemente de nós, eles têm time organizado”, avaliou.




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