Política Titulo São Bernardo
CPI da OAS admite fim de oitivas até sexta

Com depoimentos focados em parte técnica, presidente do grupo quer partir para relatório

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
10/08/2021 | 00:30
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Os depoimentos dos ex-secretários Oscar Gameiro (Transportes e Vias Públicas) e Sebastião Ney Vaz Júnior (Serviços Urbanos) trouxeram poucos elementos novos à CPI da OAS na Câmara de São Bernardo e, se o quadro se repetir nas oitivas de hoje, a comissão admite encerrar na sexta-feira a fase de interrogatório, já partindo para confecção do relatório sobre os trabalhos.

Estão agendadas conversas com Tarcisio Secoli (PT), ex-secretário de Coordenação Governamental e de Serviços Urbanos, e um técnico da TCRE Engenharia, responsável pela consultoria técnica do Piscinão do Paço, principal obra executada pela OAS no município. Tarcisio é figura muito próxima do ex-prefeito Luiz Marinho (PT) a ponto de ter sido escolhido pelo ex-chefe do Executivo como candidato à sucessão em 2016 – foi superado por Orlando Morando (PSDB).

Ontem, tanto Gameiro, quanto Ney Vaz relataram desconhecimento sobre existência de pagamento de propina a agentes públicos, por parte da empreiteira, para executar intervenções no município. Disseram que conheciam Marcel Vieira, apontado em outros depoimentos como interlocutor da OAS em São Bernardo e responsável por liberar recursos ilícitos, mas que nunca souberam de nada de irregular envolvendo o ex-funcionário da empresa.

“Amanhã (hoje) teremos um divisor de águas com relação a essa fase. Os dois ex-secretários falaram de nomes de funcionários da Prefeitura que atuaram na época da confecção do edital, já aprovamos a convocação, mas focaram o depoimento em partes técnicas. Vamos ouvir o Tarcisio e o Marcos Erani (funcionário da TCRE), avaliar o conteúdo e decidir no colegiado”, comentou o presidente da CPI, vereador Mauricio Cardozo (PSDB).

O tucano admitiu que o perfil dos próximos entrevistados é o de também priorizar debates técnicos da obra e, assim, a tendência é encerrar esse período para dar início ao relatório – que precisa ir a plenário na primeira semana de setembro. “Acredito que ouvimos quem tínhamos de ouvir. Tivemos os problemas com os convocados que conseguiram na Justiça o direito de não comparecerem. Mas temos de deixar claro que o nosso tempo é curto, precisamos consolidar muitas coisas. O depoimento do Léo Pinheiro (ex-proprietário da OAS) é extenso. Temos de nos debruçar no relatório agora. Se o Tarcisio e o Marcos não trouxerem fato novo, vou defender que a partir da próxima semana iniciemos o procedimento de consolidação de todo trabalho até aqui.”




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