A Prefeitura de Mauá estuda demolir o terminal rodoviário. A intenção é construir uma rodoviária mais moderna, com pelo menos dois andares. A afirmação foi feita pelo prefeito Oswaldo Dias (PT) ontem, quando a cidade completou 56 anos, durante a inauguração do Centro de Formação de Professores.

A demolição integra o projeto de modernização do Centro de Mauá. Também está sendo estudada a construção de uma avenida paralela à linha do trem que interligará duas outras vias, Brasil e Alberto Soares Sampaio.

Segundo Oswaldo, o projeto está em fase de formatação e deverá ser finalizado até abril. Em seguida, a proposta terá de ser encaminhada para apreciação dos vereadores. Ainda não há previsão de custos.

A ideia é que no pavimento superior do novo terminal seja implantado espaço dedicado ao comércio, nos mesmos moldes do shopping popular. "Queremos fazer parceria com o setor privado. O grupo que construir a rodoviária poderá utilizar posteriormente o espaço para o comércio", adiantou o prefeito.

Outra mudança em estudo no terminal é a abertura de novas entradas para que os ônibus acessem a rodoviária. A finalidade seria acabar com a necessidade de retornarem às avenidas centrais para entrar na estação.

NOVA AVENIDA
Entre os planos da Prefeitura para melhorar a circulação pelo Centro está a construção da via para facilitar o acesso às avenidas Brasil e Alberto Soares Sampaio. O corredor passaria por baixo do chamado bulevar. "Temos espaço para isso, mas temos de dialogar com a CPTM", ressaltou o prefeito.

O objetivo da nova avenida seria, além de reduzir o congestionamento na João Ramalho e Capitão João, facilitar a ligação dos bairros Capuava e Vila Bocaina com a região central.

Após 6 anos, prédio é inaugurado

A Prefeitura inaugurou ontem o Centro de Formação de Professores, no Centro. Batizado com o nome do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, o prédio recebeu investimentos de cerca de R$ 10 milhões.

No início do projeto, em 2004, o local abrigaria a biblioteca municipal. Uma série de irregularidades foram constatadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), o que paralisou a obra por quatro anos. Tantos atrasos acabaram por dar ao prédio o apelido de ‘elefante branco'.

No local, serão oferecidos cursos de capacitação para os 850 professores da rede municipal. A equipe do Diário esteve no segundo andar do prédio e foi impedida de conhecer os pavimentos superiores. Segundo a Prefeitura, o equipamento conta com três auditórios. As atividades devem começar em janeiro de 2011.

UFABC
Oswaldo afirmou que a Prefeitura procura prédio para abrigar, temporariamente, o campus da UFABC (Universidade Federal do ABC). A administração quer que, em 2011, já seja realizado vestibular para a unidade.