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Suzantur guarda ônibus em terreno baldio

Área localizada na região central de Santo André tem sido usada como garagem improvisada pela empresa; moradores relatam transtornos

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
05/11/2016 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


 Prestes a completar um mês de operação em Santo André, nesta terça-feira, a Suzantur novamente tem sido alvo de reclamações por parte de moradores da cidade. Desta vez, a instalação improvisada da empresa num terreno abandonado no Centro do município tem revoltado vizinhos da área.

Desde segunda-feira, uma área localizada entre a Rua Luís Pinto Flaquer e a Avenida Queirós dos Santos, tem sido usada pela Suzantur como garagem improvisada para seus coletivos que fazem a ligação de passageiros no corredor Tronco Alimentado Vila Luzita-Santo André. O fato tem desagrado vizinhos do terreno.

“Isso virou um inferno. Não dá nem 22h e os motoristas já começam a estacionar os ônibus falando alto e ficam aí (no terreno) até 1h da manhã. Aí, quando você pega no sono já acorda de novo com eles aqui às 4h”, relata o aposentado Antônio Bittencourt, 67 anos.

Vizinho da área, o também aposentado Alberto Nogueira, 72, diz ver a mudança da empresa como um “desrespeito à população do bairro”. “A maioria das pessoas que moram aqui é de idosos, deveriam ter ao menos uma consideração a nós. Já sofremos com a presença de moradores de rua espalhados pelas calçadas daqui. Vamos ser obrigados a fazer mais uma reclamação da Prefeitura.”

De acordo com moradores, o terreno, que antes pertencia à concessionária Dibracam, nos últimos anos tem sido alvo de constantes problemas. “Antes tínhamos problema com o mato alto e ratos que ficavam lá. Agora são os ônibus nos acordando”, relata a cuidadora Ruth Domingues, 42.

Desde o dia 8 de outubro a Suzantur tem operado, por meio de contrato emergencial, 15 linhas de ônibus de Santo André, em substituição à Expresso Guarará, que está em processo de falência. No entanto, sem garantias do proprietário da empresa, Claudinei Brogliato, sobre a possível aquisição de uma garagem na cidade, funcionários da viação estão sendo obrigados a utilizar áreas abandonadas para guardar os coletivos

Com apenas um segurança fazendo a vigia dos veículos, o terreno localizado no Centro do município não possui nenhuma área específica para manutenção dos veículos, incluindo pontos para reparos mecânicos, abastecimento e limpeza dos ônibus.

Com grades de proteções de somente dois metro de altura, o terreno apresenta vulnerabilidade na proteção dos coletivos, assim como, outra área localizada ao lado do Terminal da Vila Luzita, que está sendo usada pela mesma finalizada.

Questionada pela equipe do Diário se o Paço autorizou o uso dos espaços para armazenamentos dos coletivos que circulam na cidade, a Prefeitura de Santo André não retornou até o fechamento desta edição. A administração municipal também foi questionada sobre fiscalizações nos terrenos.

Já o proprietário da Suzantur, Claudinei Brogliato, não retornou aos contatos da equipe de reportagem.

 

Veículo é incendiado em garagem de Mauá

 

Um ônibus da Suzantur foi incendiado na noite de quinta-feira, por volta das 21h50, na garagem da companhia, no Jardim Itapark, em Mauá. Esta é a terceira ocorrência de coletivos queimados no município neste ano.

De acordo com a equipe de investigação do 2º DP (Parque das Américas), responsáveis da empresa prestaram depoimento ontem e informaram que o incêndio foi provocado por terceiros.

Segundo as versões dadas por funcionários, o veículo estava na Avenida Itapark, altura do número 1.000, num ponto de apoio para inspeção, quando surgiram quatro indivíduos encapuzados e atearam fogo no ônibus.

As chamas consumiram o veículo em poucos minutos. Duas viaturas do Corpo de Bombeiros foram direcionadas para a ocorrência e controlaram as chamas às 22h30. Não houve registro de vítimas.

Segundo a Polícia Civil, equipes da corporação farão perícia no local para verificar se o ato foi criminoso ou acidental.

Vizinhos da garagem se assustaram com a situação. “Tava dentro da sala da minha casa e quando olhei pela janela vi o fogo subindo pelo muro. Foi o tempo de chamar as crianças e colocar todos para fora. Os vizinhos começaram a tirar o botijão de gás de suas casas, pois a impressão que deu era de que o ônibus ia explodir”, relata Janaina Gleise Corel, 28 anos.

O aposentado José Valetim Ferrari, 67, também se assustou com o episódio. “Corri para tirar minha esposa de casa quando vi o fogo. Foi feio. Ficamos preocupados”, desabafa.

Este é o terceiro registro de incêndios em garagens de ônibus em Mauá neste ano. Em todos os casos não houve vítimas.

Em agosto, um incêndio na garagem da empresa Viação Barão de Mauá, localizada no Jardim Zaíra, destruiu cerca de 80 coletivos durante a madrugada.

Já em setembro, três veículos da Viação Barão de Mauá foram destruídos após uma explosão de combustível.

 




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