O lateral Baiano foi apresentado oficialmente como reforço do Santos, nesta segunda-feira à tarde, no CT Rei Pelé, e garantiu que retorna muito melhor tecnicamente em comparação ao período em que despontou no profissional do Peixe, em 1996. “É o Baiano de sempre, mas sem aquela afobação de quando iniciei. Com a experiência você acaba se posicionando melhor”, disse o jogador de 29 anos.

O atleta, que foi cedido gratuitamente até o final da temporada pelo Rubin Kazan, da Rússia, quer lutar pelo título nacional e voltar a disputar uma Libertadores. Ele já jogou o torneio pelo Boca Juniors.

“Depois que eu saí do Boca, o povo praticamente não me viu mais. Posso afirmar que vivo um recomeço na carreira”, disse o lateral, que foi o principal prejudicado no caso Grafite-Desábato, em 2005.

O ex-são paulino acusou o então jogador do Quilmes por ofensas racistas. Então no Boca, Baiano, único brasileiro e negro no grupo, disse que passou a ser rejeitado por rivais e até mesmo por companheiros do elenco.

“Aquele caso envolvendo o Grafite e o Desábato foi horrível para mim. Até meus colegas de elenco se viraram contra mim. Num jogo na Argentina, um atleta do Instituto escarrou em mim. Estava em meu melhor momento na carreira e perdi o prazer de jogar desde aquele episódio”, relatou.

Antes de ser adquirido pelo Santos, o lateral defendeu o Náutico no primeiro semestre, mas responsabilizou os dirigentes pernambucanos por sua saída. O time de Recife não teria cumprido as bases salariais.

“Abri mão de praticamente 100% do meu salário, e acabei não recebendo no Náutico”, justificou.