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Sem nome a prefeito, Bahia afirma que pedirá voto ao 25

Vereador criticou decisão de ex-pré-candidato que desistiu de projeto próprio: ‘Ele foi infeliz’

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
11/08/2016 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Com a decisão de Fabio Picarelli de desistir da disputa eleitoral ao Paço de Santo André pelo DEM, o vereador Evilásio Santana, o Bahia, único representante do partido na Câmara, afirmou que, a princípio, fará campanha apenas com o número da legenda, sem indicar cabeça de chapa majoritária. “Ele (Picarelli) tinha acordo que iria até o fim com a candidatura (própria). Ficamos em situação delicada, mas sou 25. Vou pedir votos para o DEM”, sustentou. O então pleiteante ao cargo do Executivo recuou da concorrência a 24 horas da convenção e vai apoiar o ex-prefeito Aidan Ravin (PSB). “Ele foi infeliz na decisão”, avaliou Bahia.

<EM>No encontro partidário, o diretório municipal definiu lançar somente coligação proporcional pura, sem aliança com candidatura à Prefeitura, liberando os postulantes à vereança a aderir qualquer nome no páreo, com exceção ao projeto do PT, de Carlos Grana. Bahia falou que respeita a deliberação do DEM, mas ainda conversará com seu grupo político para analisar o cenário. “Não há prazo (para sacramentar a posição). Aconteceu tudo isso de última hora. Se alguém me procurar posso abrir diálogo. Não estou pensando em falar com ninguém (prefeiturável). Daqui até segunda-feira pode mudar (panorama)”, emendou.

<EM>Em 2012, o DEM fez dois vereadores, incluindo Toninho de Jesus, hoje no PMN. O parlamentar democrata reiterou que a “saída (de Picarelli) em cima da hora prejudicou” a chapa de candidatos a vaga na Câmara. Há receio por parte de lideranças internas, nos bastidores, de que as circunstâncias podem levar a agremiação a ficar sem representação na Casa. Em reunião por mais de três horas na terça-feira, Bahia recebeu postulantes ao Legislativo em seu gabinete, tendo como objetivo encontrar rumo na empreitada. Isso porque alguns nomes da coligação cogitaram abandonar a disputa diante das condições. “Foi muito ruim, principalmente porque não dá tempo de fazer outra articulação, só que eu sou guerreiro, vou até o fim. Serei candidato”, disse.

<EM>Frente ao caso, existe possibilidade de a cúpula do DEM produzir material de campanha com figuras estaduais e nacionais da legenda, como o deputado federal licenciado Rodrigo Garcia, atualmente secretário paulista de Habitação, e o senador Ronaldo Caiado, contrapondo a imagem com o PT.

Em 2012, Picarelli fez ato que constrangeu Aidan

Hoje aliados, Fabio Picarelli, então presidente da subsecção de Santo André da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), organizou em 2012 ato contra corrupção que constrangeu o prefeito à época Aidan Ravin (PSB). O evento ocorreu na sede da entidade em junho, às vésperas da eleição, na qual o ex-chefe do Executivo saiu derrotado. O movimento liderado pelo democrata, e que continha outras instituições na dianteira, se deu em meio à abertura da CPI do Semasa, instaurada para apurar esquema de venda de licenças ambientais na autarquia. O encontro reuniu série de figuras políticas da cidade e, embora convidado, o socialista não compareceu à atividade.

Quando colocou seu nome no páreo ao Paço, Picarelli relembrou a iniciativa, inserindo o episódio em apresentação da pré-campanha do DEM. “Sua atuação na OAB extrapolou os limites da entidade, uma vez que liderou movimentos, tais como o movimento anticorrupção”, diz o texto. Apesar de as lideranças ponderarem que a ação era apolítica, a maioria dos discursos passou pelo âmbito municipal como exemplo negativo de casos de dolo ao poder público. “Não podemos aceitar o nível de corrupção não só em Santo André. Vamos unir esforços para expandir o movimento”, disse Picarelli. O escândalo do Semasa ainda é investigado e Aidan é réu.

O movimento envolvendo também Acisa e Ciesp contribuiu, no meio político, para a vitória do prefeito Carlos Grana (PT). Picarelli, por sua vez, negou que ajuda à empreitada petista. “Em momento algum manifestei apoio ao Grana.” 




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