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Leao elogia time mas exige reforços
Do Diário do Grande ABC
24/01/1999 | 17:55
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O técnico Émerson Leao considerou "expressiva" a vitória do Santos sobre o Fluminense, por 2 a 0, fora de casa, na estréia no Rio-Sao Paulo, mas nao se ilude: para ele, o time ainda precisa de reforços para disputar o título em igualdade de condiçoes com Palmeiras e Corinthians. "Pedi a contrataçao de três jogadores de talento, capazes de decidir os jogos: Valdir, Marques e Ernani, do Atlético Mineiro", revelou.

Segundo Leao, o Santos perdeu peças importantes do time semifinalista do Brasileiro e precisa recompor o elenco. "Nós decrescemos em relaçao ao ano passado, porque estamos sem o Aristizábal e o Lúcio, contundidos, e o Róbson, que voltou para o Bahia." O técnico confia em repetir o surpreendente desempenho de 1998, mas alerta para o poderio financeiro dos rivais financiados pela Parmalat.

"Tive de dar uma chiada, porque eles estao comprando todos os jogadores e todas as empresas, como a Batavo (nova patrocinadora do Corinthians)", reclamou. "Enquanto o Palmeiras, com o elenco que tem, ainda compra mais cinco ou seis jogadores por ano, nós temos de brigar para trazer pelo menos um."

A Unicor, patrocinadora do Santos, construiu um novo hospital onde investe mensalmente mais de US$ 4 milhoes e nao tem dinheiro para ajudar na contrataçao de reforços. "Nao dá para competir com uma multinacional", lembrou o técnico.

Pelo menos o clube teve a volta de um jogador de seleçao. Marcos Assumpçao retornou ao time, após uma temporada no Flamengo, em grande estilo, marcando dois gols. Para o goleiro Zetti, o volante foi a arma decisiva para a vitória. "Ele foi fundamental", resumiu. "É incrível a segurança que transmite: ele domina o jogo." Leao estendeu os elogios.

"Já sabia o que esperar dele: é um jogador caro e de categoria." Assumpçao reagiu com modéstia aos aplausos. "O mérito é de todo o grupo." Para Leao, a maior virtude do Santos foi saber dosar as energias e nao se desgastar num jogo em que os dois times estavam longe do preparo físico ideal. "Nao pudemos exercer o nosso estilo característico, de marcar o adversário sob pressao e ser sempre agressivos", revelou. "Optamos pelo mais simples: tocar bem a bola." Para o técnico, o Santos fez isso com inteligência, principalmente após o segundo gol. "Eu me preocupei em nao deixar o time relaxar após os 2 a 0."

Leao gostou da atuaçao do ex-junior Michel, substituto de Anderson na lateral-direita. "Parecia que já tinha jogado no Maracana várias vezes." Ele levou na viagem outros dois ex-juniores apenas para se familiarizarem com o estádio.

O técnico espera dificuldades no jogo de quarta-feira contra o Palmeiras, mesmo que o adversário confirme a escalaçao do time reserva.

"Eles têm três times e já fizeram dois amistosos, enquanto a gente saiu direto do meio da pré-temporada para a competiçao." O jogo terá clima de festa, pois será inaugurada a nova e moderna iluminaçao da Vila Belmiro.




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