O ex-pugilista Servílio de Oliveira será homenageado de hoje a domingo no México. Ele irá representar o Brasil em evento que celebra os 50 anos da Olimpíada de 1968, quando o boxeador conquistou a primeira medalha brasileira do esporte na competição – o feito só foi igualado em 2012, por Yamaguchi Falcão.

O convite surgiu por meio do Comitê Olímpico Mexicano, que organiza as atividades. Até por isso, Servílio chegou ontem ao local e passou por entrevistas. Hoje, dia principal do evento, ele participará de desfile comemorativo, além de solenidade.

“Fui pego de surpresa com esse convite. É muito gratificante, uma honra tremenda. Significa muito para mim, porque há 50 anos eu estava conquistando medalha e agora estou voltando para ser homenageado. Acho que esse reconhecimento veio também pelo meu neto, que está representando muito bem o esporte”, disse Servílio ao Diário, se referindo a Luiz Gabriel Oliveira, que ficou em terceiro lugar no Campeonato Mundial da Hungria e foi campeão da modalidade nos Estados Unidos. O neto ainda luta por vaga na Olímpiada de Tóquio, em 2020.

Realizado com o reconhecimento em solo mexicano, Servílio ainda aproveitou para lamentar o esquecimento no Brasil e cobrar também a atenção do Comitê Olímpico do Brasil. “É especial (convite), ainda mais porque você não é reconhecido pela sua Pátria. Quando você não tem o reconhecimento devido é triste demais. A Confederação Brasileira nunca pensou em fazer uma homenagem para mim. Preferem exaltar só outros nomes, que, é claro, também merecem. A primeira medalha do esporte foi conquistada por mim, que demorou 44 anos. Acho que merecia muito mais por tudo o que fiz. Acho que esse reconhecimento falta muito”, completou Servílio, que tem 70 anos.