Ex-vereador de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira (PT) lançou recentemente, de maneira oficial, com direito a evento e tudo, sua pré-candidatura ao Paço. Está confiante. Num dos cenários do DGABC Pesquisas publicada no início de março, aparece na frente do atual prefeito, Gabriel Maranhão (PSDB), nas intenções de voto: 36,5% para petista ante 24,5% do tucano. Além disso, sua atitude de oficializar a intenção de concorrer ao Executivo serviu de resposta para alguns caciques do partido na região, que podem cortar as asas de Claudinho para dar passagem tranquila ao segundo mandato de Maranhão, que declinou apoio velado a Dilma Rousseff (PT) na eleição do ano passado. Com isso, o ex-parlamentar, xodó de Lula, foi o primeiro a lançar pré-candidatura a prefeito no Grande ABC e, por outro lado, pode ser o primeiro a ter de deixar o projeto de lado. Quantos mais anunciarão pré-candidatura às Prefeituras locais? Muitos, caro leitor. Quantos terão de deixar a chapa apenas na intenção? Outros tantos. Seja por serem podados por seu partidos ou mesmo por já saberem que não irão adiante, pois fazem cena para se valorizar politicamente. Fato é que as movimentações com vistas a 2016 estão a todo vapor. Mas a boca do funil ainda está muito larga. Cladinho é só o primeiro a entrar nesse cone eleitoral.

Roeu a corda?
A base de sustentação do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), na Câmara rachou. Vereadores de partidos aliados criaram o G-9. Mas há quem diga que esses nove parlamentares não estão tão unidos assim. Roberto Palhinha (PTdoB) se encontrou sozinho com o secretário de Governo, José Albino (PT). Indagado sobre a pauta do encontro por alguns colegas de Legislativo, o trabalhista não revelou. E aí colocou a pulga atrás da orelha dos demais integrantes do G-9. Será que vai virar G-8?

Desculpe, mudei de lado
Prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV) começou a cooptação de aliados para o projeto de reeleição, em 2016. a mais nova contratação do verde é José de Assis Morais, o Morart (sem partido), candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo humorista Buiu (ex-PMN, agora PP), em 2012. Curioso é que nas redes sociais Morart se autointitulava ''fiscal do povo''. Passou dois anos e meio criticando o governo de maneira enérgica. Foi aplaudido por muitos munícipes por isso. Quando completou um ano do fechamento do hospital infantil, por exemplo, fez um bolo e levou para a Câmara. Mostrou o protesto na internet. Agora, como assessor de gabinete de Lauro, gerou desconforto entre aliados do prefeito. Ganha por volta de R$ 4.000 mensais. Morart já pediu desculpas aos seus seguidores por se aproximar do Paço. Disse que espera ser compreendido e que seu trabalho de fiscalização continuará. Será?