Questão polêmica, responsável por gerar muitas dúvidas entre os candidatos majoritários e proporcionais na eleição municipal deste ano, a pintura de muros para auxiliar na campanha está proibida.

"Propaganda não pode mesmo", sentenciou ontem o juiz eleitoral José Luiz Silveira de Araújo. A declaração foi dada durante evento na Câmara de Santo André, promovido pela 156ª zona eleitoral, para explicar algumas das principais regras para o pleito de outubro.
Araújo discorda da avaliação dos candidatos, os quais consideram as regras para a disputa eleitoral deste ano mais restritivas do que as anteriores, desde a mudança da legislação - será a primeira vez que a briga pela sucessão municipal não permitirá, por exemplo, distribuição de brindes e realização de showmícios.

"Não vejo necessidade de emporcalhar a cidade para se vencer a eleição. É possível apresentar o programa de governo de outras maneiras", ressaltou Araújo. A principal mudança, segundo afirma, é do ponto de vista econômico. "O que pode ter alterado, talvez, seja a necessidade de candidatos desembolsarem mais dinheiro. Campanha hoje prevê gasto maior. Mas, no geral, não há dificuldades, nem empecilhos, em relação a outros pleitos", acrescentou.

DEMOCRACIA
Na opinião de Araújo, a eleição no Brasil está cada vez mais democrática, especialmente após a adoção do sistema de urna eletrônica.

"A impressão é que o principal fator que tornou a eleição bastante acessível e clara foi a urna eletrônica. Não discrimina o eleitor mais ou menos alfabetizado ou com mais ou menos estrutura. A partir do funcionamento eficiente deste equipamento, nossa contagem de votos passou a ser tecnologicamente superior a de países europeus ou mesmo dos Estados Unidos."

O evento de ontem, chamado de "carro abre-alas" pelo juiz eleitoral, por ser o primeiro encontro para dirimir dúvidas, contou com a presença dos presidentes dos principais partidos de Santo André.