Não costumo palpitar sobre resultados de jogos. Respeito os colegas que dão palpites, mesmo os mais excêntricos e exagerados, mas não gosto de apontar placares antes das partidas. Acho que o jornalista deve fazer a análise técnica e tática, mostrar ao leitor as vertentes e bastidores que cercam os jogos e, se possível, abster-se de chutar resultados. Essa brincadeira deve ficar ao torcedor.

Na última coluna abri uma exceção. Sabia que os jogadores do Corinthians estavam muito mordidos com o tratamento recebido em Guaiaquil e dariam o troco no Pacaembu. Esse tal espírito de Libertadores tem limite. E os equatorianos extrapolaram suas atitudes, desrespeitando a delegação brasileira.

Apesar da tensão pré-jogo dos corintianos com a classificação, enfatizei no texto que aconteceria uma larga vitória e quem duvidasse eu daria dois gols de lambuja. E olha que eu acertei! E poderia ser muito mais folgado o placar.

O Corinthians entrou em campo na quarta-feira com a faca nos dentes. O gol de Fabio Santos, aos sete minutos, com a tradicional raça alvinegra, foi exatamente isso. E se Paulinho e William não desperdiçassem duas chances tão reais, que qualquer um marcaria, o resultado seria mais elástico. E tem ainda o juizão uruguaio, que marcou falta em Liédson fora da área, quando o lance foi claramente dentro.

Apesar do acerto pretendo continuar mantendo minha filosofia. Prometo que vou tentar continuar analisando, deixando os palpites, legitimamente para o torcedor.

PRESTE ATENÇÃO NESSE NOME

Guilherme Caputo Bastos é ministro do Tribunal Superior do Trabalho. É ele quem concedeu liminar para Oscar jogar pelo Internacional. Assim ele pode passar para a história como o responsável pela possível desmoralização da Lei do Passe e da Lei Pelé.

O vínculo de Oscar com o São Paulo, clube que o revelou, está tão cristalino, que a intromissão desse senhor pode mudar o rumo das coisas.

Se o jogador, como ele mesmo tem repetido, não quer jogar no Morumbi, então a equipe gaúcha, ou ele mesmo, deve cumprir a cláusula contratual que estipula multa pelo não cumprimento do acordo.

Essa liminar provoca uma pergunta: para quê contrato?

É POUCO

Está preso, por ordem da Justiça, o presidente da Gaviões da Fiel, Antonio Alan Souza Silva. A determinação foi expedida por conta da briga de palmeirenses e corintianos na Zona Norte da Capital, em 25 de março, que resultou na morte de duas pessoas. Lucas Lezo, vice-presidente da Mancha Alviverde, segue detido.  Enquanto esses marginais não sentirem o peso das leis, essas guerras urbanas e outras mortes vão continuar acontecendo.