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Mortes no trânsito caem 12%

De janeiro a abril deste ano foram 66 óbitos,
contra 75 no mesmo período do ano passado

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
21/05/2016 | 07:00
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André Henriques/DGABC


O número de mortes decorrentes de acidentes de trânsito no Grande ABC apresentou queda de 12% de janeiro a abril deste ano, em comparação com o mesmo período de 2015. Os dados divulgados pelo Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo) mostram que foram 66 óbitos em 2016, contra 75 no ano passado.

Se analisados os números por municípios, Santo André lidera o ranking de mortes, com 22 óbitos de janeiro a abril. A cidade é seguida por São Bernardo (16), Diadema (11), Mauá (seis), Ribeirão Pires (seis) e São Caetano (cinco). Rio Grande da Serra não registrou nenhuma ocorrência no período.

A diminuição do índice nos sete municípios da região foi superior à queda de 5,4% registrada no Estado. Neste caso, de acordo com o levantamento, foram 2.001 mortes no primeiro quadrimestre de 2015, contra 1.892 óbitos neste ano.

Embora os índices tenham apresentado queda, o chefe do departamento de medicina de tráfego da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), Dirceu Rodrigues Alves Júnior, aponta cautela ao analisar os números. Isso porque, se analisadas as ocorrências por mês, o índice de óbitos apresenta oscilação em todos os períodos. Enquanto janeiro e abril tiveram queda neste ano, os meses de fevereiro e março apresentaram alta na quantidade de mortes em relação a 2015.

“A queda é um resultado atípico, que não condiz com a realidade do nosso trânsito. Infelizmente ainda temos uma quantidade muito alta de mortes e esse número não cai”, avalia o especialista.

De acordo com o levantamento, pedestres e motociclistas continuam a ser os mais vulneráveis no sistema de trânsito.

Já em relação às ocorrências, atropelamento (24) e colisão (23) lideram o apontamento do primeiro quadrimestre deste ano. “Essa combinação só evidencia mais uma vez o quanto temos uma deficiência no sistema de formação de condutores. Percebemos que os motoristas não respeitam pedestres e motociclistas. É preciso entender que os radares não são suficientes para inibir esses desrespeitos no trânsito.”

Na análise do especialista, é preciso que autoridades fortaleçam o sistema de educação no trânsito desde a Educação Básica, como forma de ter crianças como fiscalizadoras em suas famílias.

Além disso, Júnior ainda ressalta a importância de se estender o movimento Maio Amarelo durante todo o ano. “Deveria ser 2016 amarelo. Não basta intensificar essas ações somente em um mês. Se as prefeituras conseguem agir bem nesse período, o poder público deve ampliar isso para todo o ano”, ressalta.

MAIO AMARELO

Em virtude do Maio Amarelo, movimento que tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo, prefeituras da região têm realizado série de atividades de conscientização dos motoristas e pedestres.

Em Santo André, na terça-feira será realizado no Auditório do Teatro Municipal, às 14h, o curso Direção Econômica e Segura. O evento tem como objetivo aperfeiçoar práticas de manutenção e condução veicular com mais segurança e economia.

Já Mauá, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana, aderiu à ação do Maio Amarelo com a realização de atividades educativas nas escolas do município, coordenadas pelo departamento de Educação para Mobilidade. O objetivo é conscientizar crianças e jovens sobre a importância do tema.

São Caetano, além de promover ações com crianças, instalou lombadas em diferentes pontos da cidade. 




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