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Consumidora de Mauá diz que frango intoxicou família
Artur Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
02/08/2005 | 08:15
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A funcionária pública Cleonice Francisca do Nascimento, 55 anos, de Mauá, acusa a unidade do Carrefour de São Vicente, no litoral paulista, de vender frango estragado. Ela diz ter comprado frango à passarinho temperado, que foi consumido por Cleonice e mais sete pessoas. Três de seus familiares foram parar no hospital por intoxicação alimentar. O Carrefour diz que o produto estava no prazo de validade e que essa é a única reclamação do lote adquirido.

Cleonice conta que comprou frango, macarrão e molho pronto no último sábado no Carrefour de São Vicente, onde passava o fim de semana com a família. "Comemos o frango e todos começaram a passar mal. Só duas pessoas, que não consumiram, não tiveram problema."

A funcionária pública diz que percebeu que o produto estava com gosto estranho, mas continuou a comer. "Na praia e com aquela fome, comemos muito", comenta. Depois, todos teriam começado a passar mal. Duas noras e uma amiga de Cleonice foram parar no hospital. Nos três casos, o diagnóstico médico é de intoxicação alimentar.

A assessoria de imprensa do Carrefour informa que o lote de frango consumido por Cleonice venceria apenas em 9 de agosto. Segundo a empresa, de sábado até esta segunda-feira foram vendidos naquela unidade 794 kg do frango temperado. Nenhuma queixa foi registrada. O produto é fornecido pela empresa Big Frango a todas as unidades da rede francesa. O frango foi enviado para análise em uma laboratório de confiança da empresa e para o Instituto Adolfo Lutz. O resultado dos exames deve sair na quinta-feira.

Segundo a empresa, após a divulgação de casos de comida estragada em unidades do Carrefour em Santo André e em São Caetano, no mês passado, a rede passou a fazer revistas diárias para detectar possíveis produtos fora do prazo de validade.

O advogado Ronaldo Queiroz Feitosa, especialista em direito do consumidor, aconselha que, em casos de consumo de produtos supostamente contaminados, o ideal é chamar a Vigilância Sanitária ou o Instituto Adolfo Lutz. "Esses órgãos poderão averiguar se o produto está ou não estragado", afirma Queiroz. No caso de confirmação da suspeita de contaminação, o consumidor pode processar a empresa por danos físicos e morais.




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