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Presidente trava avanço da CPI da Saúde de Ribeirão

Aprovada há um mês, comissão ainda aguarda parecer de assessoria externa contratada por Zé Nelson

Caio dos Reis
Especial para o Diário
24/10/2015 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC:


Mais de um mês depois da aprovação de requerimento para abertura da CPI da Saúde, o presidente da Casa, José Nelson de Barros (PSD), marcou para a sessão do dia 9 visita da equipe de assessoria jurídica particular na Câmara de Ribeirão Pires. A empresa irá cuidar dos trâmites jurídicos da comissão. Os integrantes da CPI serão escolhidos somente após essa avaliação.

“Para a próxima sessão fica impossível pela proximidade. Tive alguns problemas pessoais que me afastaram da Câmara por alguns dias. Então, vamos deixar para acertar os detalhes no dia 9”, explicou Zé Nelson.

Foram aprovados dois requerimentos para abertura de CPI na Saúde de Ribeirão no dia 24 de setembro. O primeiro, mais brando, contou com adesão de nove parlamentares da base aliada do governo Saulo Benevides (PMDB). O outro documento, montado pela oposição e articulado pelo correligionário de Saulo Rubão Fernandes, foi aprovado de forma unânime e prevê investigação completa do segmento.

“A assessoria jurídica vai vir aqui para tirar todas as dúvidas da imprensa, vereadores e público presente. Optamos pela assessoria particular porque a da Casa deve ter um dos nomes saindo como candidato a prefeito. Seria incoerente colocar uma CPI do governo na mão de um pré-candidato. Com esse parecer, vamos dar continuidade nos trabalhos e discutir quem serão os integrantes”, alegou Zé Nelson.

Diretora jurídica do Legislativo, Rosana Figueiredo preferiu não comentar a escolha de assessoria particular em detrimento da própria. Ex-integrante do primeiro escalão de Saulo – ocupava o comando da Secretaria de Assuntos Jurídicos –, Rosana faz parte da Rede Sustentabilidade e é uma das cotadas para encabeçar chapa majoritária da legenda em 2016.

Sem poupar críticas à CPI, Saulo alega que a comissão tem viés político pelo momento de sua criação. Os parlamentares negam. O chefe do Executivo continua articulando para ter controle total da investigação.




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