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BB garante que não haverá demissões no Grande ABC
Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
22/11/2008 | 07:00
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A onda de fusões e aquisições entre instituições financeiras tem gerado temor entre bancários de todo o país. No entanto, a aquisição da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil não deve espalhar o desemprego na região.

Segundo Aldo Mendes, vice-presidente financeiro da instituição são apenas 30 as cidades no Estado de São Paulo onde haverá sobreposição de agências. "São cidades com até 10 mil habitantes", afirma o executivo. Quanto às possíveis demissões, o executivo afirma que estão fora da estratégia da empresa.

"A nossa lógica é crescer em São Paulo, por que fecharia agências?" A relação com o Sindicato dos Bancários, segundo Mendes, vinha em harmonia até a divulgação da aquisição. O vice-presidente financeiro da empresa garante que as entidades já estavam em tratativas desde o início da negociação, em maio deste ano.

"Vamos exigir uma documentação como um compromisso formal de que não vão demitir ninguém", salientou a presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Maria Rita Serrano. A preocupação, no entanto, não se limita à garantia de vagas. Segundo a sindicalista, é fundamental que se comprometam com a proteção dos funcionários. "Funcionários da Nossa Caixa têm fundo de pensão próprios, além de planos de carreira e salários bem diferentes do Banco do Brasil. Queremos garantias de que ninguém sairá lesado."

Se durante toda a entrevista coletiva concedida para anunciar a aquisição, o presidente do Banco do Brasil, Francisco Lima Neto preferiu não se pronunciar, hoje a pressão chegou a Brasília. Embora tivesse dito que demissões "podiam acontecer, mas não no atacado", ontem Lima Neto assumiu o compromisso de não demitir nenhum funcionário da Nossa Caixa e de fazer esforços para não fechar as agências da instituição paulista nos 30 municípios do interior do Estado em que há sobreposição. O anúncio foi feito a representantes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região durante reunião na sede do BB, em Brasília.

Eles também acertaram com Lima Neto o início de um processo de negociação sobre a equiparação e conciliação entre os planos de cargos e salários e demais benefícios funcionais dos dois bancos. O piso salarial do BB é um pouco maior do que na Nossa Caixa, mas os intervalos de promoção são piores. Com isso, funcionários de nível intermediário conseguem ganhar na Nossa Caixa o mesmo que um gerente de contas do BB.

O novo BB que emerge das fusões e aquisições terá 103.583 funcionários - o maior contingente entre todas as instituições bancárias do Brasil, sem contar os servidores das outras empresas coligadas à estatal.

 




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