Início
Clube
Banca
Colunista
Redes Sociais
DGABC

Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

Palavra do Leitor
>
Palavra do Leitor
Inclusão ao tratamento dentário no País
Do Diário do Grande ABC
31/05/2021 | 08:56
Compartilhar notícia


 O Brasil vive uma discrepância no que diz respeito à saúde bucal. Por um lado, o País está à frente de grandes potências mundiais no que se refere a número de dentistas – de todos os profissionais do mundo, 11% estão aqui. Também contamos com o curso de odontologia da USP (Universidade de São Paulo), ocupando a primeira posição na classificação mundial dentre as quase 700 instituições ranqueadas pelo SIR (SCImago Institutions Rankings).
Por outro lado, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam para dado estarrecedor: 11% da população brasileira nunca foi ao dentista. Entre eles, 2,5 milhões são adolescentes. No Brasil, 8 milhões de pessoas com mais de 30 anos já usam prótese e três em cada dez idosos não possuem nenhum dente.
É necessário levar em conta o impacto dessa situação na saúde pública e não digo isso apenas em tempos de pandemia. A falta de prevenção e cuidados com a saúde bucal pode acarretar em série de problemas que vão impactar outras áreas da saúde, como problemas estomacais, diabetes, processos inflamatórios em regiões como coração e pulmão, contaminações por vírus e bactérias, dores de cabeça, hipertensão arterial, entre outras. Isso sem falar nos males da própria boca, como câncer bucal, entre outros.
O Brasil investe em campanhas importantes de prevenção de doenças como o câncer de mama, entre outras, e deixa de lado a questão da saúde bucal preventiva. Sem falar sobre como é urgente a necessidade de se ampliar o acesso ao tratamento bucal preventivo e curativo, visando melhorias na saúde pública de forma sustentável (social e economicamente).
Segundo dados de 2020 do CFO (Conselho Federal de Odontologia), existem no Brasil 331.502 dentistas com CRO ativo até o momento. A média brasileira é de 634 habitantes por dentista e, ainda assim, o atendimento não chega à população da forma esperada. A solução dessa questão passa por investimentos em campanhas de prevenção, uma vez que investir em prevenção é muito mais barato que no tratamento dentário; pela capacitação dos profissionais da saúde bucal no atendimento de pessoas com baixa mobilidade; e pela democratização do acesso à saúde bucal por parte do poder público. Não basta encabeçarmos os rankings de qualidade tecnológica e quantidade de profissionais se esses números não são revertidos para o cuidado da nossa população. Saúde se traduz em produtividade e em riqueza para o nosso País e é preciso compreender que grande parte dessa saúde vem da boca.

Fernando Versignassi é cirurgião-dentista especialista em saúde coletiva, presidente da Abeo (Associação Brasileira de Empresas de Odontologia) e sócio da clínica de odontologia inclusiva Tutti Odonto.

PALAVRA DO LEITOR
Sâo Bernardo FC e o Água Santa, de Diadema. Não fosse série de desmandos, o São Caetano também estaria na lista, mostrando o potencial do futebol do Grande ABC. É triste ver como a administração do nosso querido Azulão brinca com o torcedor.
João Máximo de Souza Lima
São Caetano

Insegurança
Governador de São Paulo, o senhor acusa o governo federal de genocida, mas esquece que os paulistanos estão vivendo outra doença, que é a insegurança, com famílias perdendo entes queridos. O senhor prometeu aumento para as polícias, mas não cumpriu. Então, governador, o senhor também é genocida.
Reginaldo Amaral
Santo André

Revanche
Bonito o texto do leitor Robson Albuquerque da Costa, nesta Palavra do Leitor, no qual pede aos vereadores de Santo André que doem cobertores aos moradores de rua da cidade (Campanha do agasalho, ontem). Digno de aplausos o seu pedido, mas, amigo, sinto informá-lo que não devemos esperar esse tipo de atitude dessa classe, que é desprovida de bondade com outras pessoas. Lembro que esses mesmos vereadores empurram com a barriga possível doação de parte dos salários para ajudar no combate à pandemia. Se acham acima do bem e do mal, mas alguns deles, infelizmente, também perderam a batalha para o vírus e nem assim os demais aprendem. Devemos dar o troco a eles nas próximas eleições e ignorá-los, assim como fazem com a população.
Vicente Andrada
Santo André

Variante
Que falta de zelo pela saúde! Um cidadão carioca vai à Índia, volta contaminado pela variante daquele país, é testado no aeroporto de Guarulhos, fica livre, circula pelo local, vai a restaurantes, viaja ao Rio de Janeiro de avião, depois vai de carro até sua cidade, Campos dos Goytacazes, e ninguém teve o cuidado de isolá-lo até que fosse revelado o resultado do teste (Setecidades, dia 26)! Só aqui no Brasil! No mínimo deveria ter sido colocado em um quarto de hotel, para que pudesse esperar o resultado sem ter de colocar outras pessoas em risco. Até uma criança sabe disso, menos o pessoal da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Agora ficamos todos desesperados, porque o vírus deve estar ‘solto’ pelo nosso Estado. Desse jeito isso nunca vai ter fim e daqui uns dias as notícias deverão ser ainda piores. Irresponsáveis.
Osiel Tibério Gualdabem
Ribeirão Pires

Haja peroba
Entrevistado pela RAI, da Itália, Luiz Inácio Lula da Silva pediu desculpas ao povo italiano por não ter extraditado Cesare Battisti, terrorista integrante da facção criminosa Proletários Pelo Comunismo. Essa facção era divisão das Brigadas Vermelhas, organização criminosa responsável, entre outras, pela morte de Aldo Moro (político italiano) e por bombas na estação ferroviária de Bolonha, onde morreram 84 pessoas. Como é de seu costume, Lula culpou o ministro da Justiça e assessores, que lhe garantiram que Battisti era inocente – nunca vi esse cidadão assumir a responsabilidade, sempre joga a culpa em alguém. Battisti, assassino, no Brasil era considerado herói, o último baluarte contra o fascismo na Itália, perseguido político do governo italiano. Hoje o senhor Battisti está na Itália, onde foi para a galera, curtir ergastolo – traduzindo do italiano: galera é cadeia e ergastolo, prisão perpétua. Em alguns países a Justiça funciona.
Peride Pellicciotta
<EM>Santo André

De onde vem?
Este respeitadíssimo Diário traz reportagem até certo ponto duvidosa. Refiro-me ao início do Campeonato Brasileiro da Série A (Esportes, dia 29). Em plena época de pandemia provocada pela Covid-19, que atingiu atletas e dirigentes de vários clubes, todos os jogos de futebol no Brasil vêm sendo realizados sem a presença de torcedores. Acredito que a resposta do autor da reportagem seja que as despesas desses jogos sejam cobertas com a receita das cotas de transmissão pelas emissoras de TV. Mas será que isso é suficiente para cobrir os custos e ainda sobrar dinheiro para premiar campeões e vice de cada série? Segundo o texto, no campeonato passado a CBF premiou o Flamengo (campeão) com a quantia de R$ 33 milhões e o Internacional (vice), com R$ 31,3 milhões. E a entidade máxima do futebol brasileiro promove outras competições, como da Série B, sub-20 e inferiores e campeonato feminino. De onde a CBF tira tanto dinheiro para bancar jogos em estádios às moscas? Que tal esclarecer o torcedor a origem dessa grana toda?
Arlindo Ligeirinho Ribeiro
Diadema

Frota
Mais um engodo na política, agora metido a policial, o deputado federal Alexandre Frota nada tem feito por São Paulo. E, para sair do ostracismo e da mesmice de nada fazer, nem pelo fim das mordomias dele e dos ‘parças’, se juntou ao delegado Nico, que também adora holofotes e TV. Estão fingindo que fazem fiscalizações em festas, em especial de ‘bacanas’, porque rende mais ‘ibope’. Mas nem precisariam de tanto ‘auê’, é só irem todos os fins de semana na Rua Peixoto Gomide, logo após a saída da Rua Augusta, e no entorno do baixo Augusta, e ver a indecência e irresponsabilidade da falta de máscaras, sem distanciamento e com bebidas. E para a coisa ficar mais ridícula e vergonhosa, a polícia só admira essa vergonha. E Frota agora também se diz ameaçado de morte, mas na boa, ele sim é ameaça a todos.
Antônio José Gomes Marques
Capital

As cartas para esta seção devem ser encaminhadas pelos Correios (Rua Catequese, 562, bairro Jardim, Santo André, CEP 09090-900) ou por e-mail (palavradoleitor@dgabc.com.br). Necessário que sejam indicados nome e endereço completos e telefone para contato. Não serão publicadas ofensas pessoais. Os assuntos devem versar sobre temas abordados pelo jornal. O Diário se reserva o direito de publicar somente trechos dos textos.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.