Há dois anos os ratos estão invadindo as casas da rua Otacílio Celestino Galo, na Vila Flórida, em São Bernardo. Segundo moradores, o problema está cada dia maior. "Estamos desesperados com essa situação", diz a corretora de imóveis Antônia Ramos Ribeiro, 62 anos. Ela já não sabe mais o que fazer para conter a invasão de roedores. "Nesta semana peguei dois ratos na minha cozinha", conta. Com medo de transmissão de doenças, Antônia se desfaz de utensílios domésticos. "Acabei jogando fora algumas panelas", relata.

Vizinha de Antônia, a dona-de-casa Ana Maria Sckiavinato, 57, também reclama do problema. "A gente não pode deixar as janelas abertas porque eles entram dentro de casa. Toda a vizinhança sofre com os ratos. As pessoas evitam deixar lixo para fora, para não atraí-los", salienta. Segundo Ana Maria, só em sua casa foram mais de dez animais capturados. "A Prefeitura até vem pôr veneno, mas não adianta nada", lamenta.

"Outro dia, contamos meia dúzia de ratos andando pelo telhado", reforça Matilde Vieira, 57, dona-de-casa. A moradora tem medo das doenças que podem ser transmitidas dos roedores para a família. "Tenho crianças que ficam brincando no meu quintal. É perigoso", avisa. "Da janela a gente vê os ratos andarem pelos muros", emenda a dona de casa Eclair Sturnich Castro, 42.

Para os moradores, os ratos vêem do córrego Taboão, que fica próximo ao bairro. "Tenho certeza que é de lá que eles saem", denuncia Eclair. Antônia, que mora há 30 anos na vila Flórida, não se conforma com a situação. "Já liguei para a Vigilância Sanitária e eles dizem que não podem fazer nada, por que são ratos de telhado e que nós mesmos deveríamos por veneno para matá-los. Mas eu é que não vou subir no telhado!", argumenta.

Prefeitura – De acordo com a Vigilância Sanitária, a desratização dos córregos do bairro Taboão foi realizada no mês de janeiro. Quanto aos ratos de telhado, diferentes das ratazanas comuns em córregos e esgotos, a Prefeitura avisa que cada morador deve fazer a desratização da sua residência. Nesse caso a Vigilância Sanitária apenas orienta sobre como proceder.