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Domingo, 5 de Maio de 2024

Como fica o mercado de armas no País?
Do Diário do Grande ABC
23/01/2019 | 09:23
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Artigo

A ampliação do direito de possuir armas de fogo aponta novos rumos para o mercado de venda de armas no Brasil. A expectativa, agora realidade decretada, de o cidadão comum manter arma em casa ou no trabalho – desde que o dono seja o responsável pelo estabelecimento – exigirá dos fabricantes de armas de fogo posicionamento mercadológico mais agressivo e consistente. Saindo de circuito mais restrito, a venda e a produção de armas torna-se nicho a ser visto com relevância por investidores e consumidores, ainda mais que o decreto prevê que, cumprindo os requisitos de ‘efetiva necessidade’ a serem examinados pela Polícia Federal, o indivíduo poderá portar até quatro armas, limite este que poderá ser ultrapassado em casos específicos. Vemos que isso vai criar, dessa forma, a mais pura lei da oferta e procura.

Se antes a venda de armas era para poucos, a partir do decreto de Bolsonaro interesse da população cresce. A popularização obrigará empresas produtoras de armas a terem ‘artilharia pesada’ (permitindo aqui o trocadilho) para se sobressair nesse ramo econômico. A abertura do mercado fará com que fabricantes repensem suas estratégias de marketing, seus posicionamentos nas redes sociais, seu diálogo sustentável com investidores, além, é claro, do relacionamento com o consumidor. Nesse aspecto, as empresas terão de se basear em papel focado para atender clientes de personas indefinidas, porém com o anseio único de se protegerem da violência urbana que assola o País há tempos. É preciso correr contra o tempo, uma vez que toda essa movimentação curiosa da população já é assistida desde a campanha eleitoral de Bolsonaro.

A Taurus, por exemplo. A expectativa pela facilitação de vendas de armas fez com que os papéis da maior fabricante do País elevassem mais de 60% nos primeiros dias de 2019. No fim do ano passado, a disparada chegou a 150% em ações preferenciais. Hoje, a realidade é outra. Os papéis da empresa tiveram desvalorização de mais de 20% no dia 15, quando Bolsonaro assinou o decreto. Além da informação de que o governo prepara estudo para abertura de mercado para produção de armas no Brasil, outra especulação para tal declínio é a entrada de fabricantes estrangeiros. Possibilidade não muito remota frente ao viés liberal da gestão bolsonarista. Esses cenários nos dão a ideia de que a lei da oferta e da procura vai reger o mercado de armas no Brasil. Entretanto, a batalha será demarcada na empresa que conseguir dialogar de maneira sustentável e efetiva com todos os seus stakeholders diante da latente competividade de nicho que tem tudo para ganhar força popular neste ano.

Seguros (ou não), aguardaremos as cenas dos próximos capítulos.

Daniel Domeneghetti é especialista em marketing e branding strategy e CEO da consultoria DOM Strategy Partners.

Palavra do leitor

Alta-tensão
Registro descaso da Enel (Ente nazionale per l’Energia Elettrica), antiga Eletropaulo, referente à solicitação 0210691599200.5, formulada por mim, sob protocolo número 1901539047 em caráter de urgência, devido ao alto risco de acidente envolvendo as cruzetas de sustentação de três fios de alta-tensão situados à Rua Avaré, defronte ao 107, na Vila São Pedro, em Santo André. Alerto que essa rede é condutora de energia de alta voltagem, o que coloca em risco a vida de transeuntes e veículos que passam no local. Com a palavra, e para possível solução, a Enel.
Edson Campelo
Santo André

Sem reeleição
Novos governantes de Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que desde 2016 estão com finanças comprometidas, e os novos ingressantes em situações semelhantes Roraima, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Goiás deveriam esclarecer aos eleitores quem foi o ex-governador que descumpriu a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e por que, gerando rombos nos caixas desses Estados, para que não sejam mais eleitos. Isso vale também aos prefeitos de todo o País. O governo federal tem que exigir a contrapartida para ajudar esses Estados, e de suas assembleias a responsabilidade de não impedir esses acordos. Do contrário, sem ajuda. Muita falta nos faz Mário Covas, que em 1995 assumiu São Paulo quebrado e, sem ainda LRF, montou equipe de primeira para sua Secretaria da Fazenda, cujo objetivo foi recuperar as finanças do Estado e modernizar serviços públicos. Então, por que não procurar essa equipe que auxiliou São Paulo para ajudá-los?
Tânia Tavares
Capital

Quanta honra!
Assistindo a um programa de variedades na TV5Monde , francesa, tive a grata surpresa de ver esse diálogo do apresentador com o artista: ‘Eis aqui mais um cantor afrodescendente...’. E o artista nem o deixou terminar e soltou essa frase: ‘Por que você quer anular minha identidade? Eu sou um negro brasileiro com muita honra, minha cultura é brasileira, com todas as heranças deixadas por diversos povos que lá fincaram raízes’. Que vontade tive de beijar esse compatriota, agradecer-lhe por não se curvar ao ‘politicamente correto’ que não passa de mais um método escravagista de lavagem cerebral!
Mara Montezuma Assaf
Capital

Auxílio-mudança – 1
Pode até ser legal, mas é no mínimo imoral ver que nossos representantes na Câmara Federal receberam auxílio-mudança, de R$ 33,7 mil, e não cogitam nem devolver valores, mesmo reeleitos para mais quatro anos de mandato (Política, ontem). Vicentinho, que é de São Bernardo, já revelou anteriormente que é quase impossível ver político que não tenha recebido dinheiro via caixa dois para campanhas. Alex Manente, também de São Bernardo, se posta como paladino da Justiça nas redes sociais, condenando o auxílio-moradia da magistratura, questionando o foro privilegiado e defendendo a prisão após condenação em segunda instância. O Grande ABC decidiu depositar voto de confiança nos dois. Então, nada mais justo que os dois respeitem o voto dado.
Danilo Lopes Ribeiro
São Bernardo

Auxílio-mudança – 2
É com muita tristeza que leio nas páginas deste Diário que os deputados federais Alex Manente e Vicentinho, da nossa região, receberam o imoral auxílio-mudança mesmo após serem reeleitos. Ou seja, esse dinheiro não se faz necessário, já que ambos manterão as estruturas em Brasília. Já seria ruim se tivessem, de fato, que se mudar, pois dinheiro público não serve para bancar mordomias a políticos. A continuação da dupla na Câmara deixa a situação ainda mais complicada. Um deles passou em minha rua durante a eleição, no bairro Nova Petrópolis, se colocando como alguém que iria brigar contra esses penduricalhos. Gostaria que voltasse para minha rua e explicasse esse fato.
Maria Aparecida de Souza Clemente
São Bernardo




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