A primeira peça é a abertura da ópera I Vespri Siciliani, de Giuseppe Verdi (1813-1901); depois, Fontane di Roma, de Ottorino Respighi (1879-1936), cujo movimento Fontana di Trevi foi usado por Fellini em seu filme La Dolce Vita. Após o intervalo, haverá a abertura de La Forza Del Destino, ainda de Verdi, e I Pini di Roma, de Respighi.

“A abertura I Vespri Siciliani é, talvez, a mais difícil das aberturas de Verdi porque traz o espírito ortodoxo verdiano profundo, quase religioso. Além disso, é bastante virtuosística. É uma obra de caráter passional, heróico e brilhante”, afirma Pacitti. O regente titular Flavio Florence explica que essa obra, assim como La Forza Del Destino, correspondem a um período muito produtivo de Verdi, os anni di galera (anos de prisão).

Respighi, embora também autor de óperas, será relembrado no concerto por meio de dois poemas. “Sua música é totalmente descritiva”, diz Pacitti.

O maestro radicado na Itália há 21 anos se diz muito feliz com a volta a Santo André: “Encontrei o grupo bem melhor em termos de som, afinação e de estilo, agora mais refinado.”

“Uma cidade não se faz somente com pontes, estradas e construções. A cultura é a alma do povo e, sem cultura, o povo é indefeso. A quem quer que assuma a cidade, é importante apoiar esses músicos, que estudam por horas e horas com amor, para brindar o povo”, conclui o argentino.

Sinfônica de Santo André - Regência de Daniel Pacitti. Neste sábado e domingo, às 20h. No Municipal de Santo André - Paço Municipal, s/nº. Tel.: 4433-0789. Entrada franca, mas os ingressos devem ser retirados uma hora antes.