Andar na Travessa Doutor Laurentino de Azevedo, na altura do número 250, no bairro Nova Petrópolis, em São Bernardo, é semelhante a brincar de campo minado. Isso porque a calçada fica repleta de fezes de cachorro que os donos, moradores dos condomínios do entorno, não costumam recolher.

"Às vezes não dá para andar de tanta sujeira. Somos obrigados a desperdiçar água lavando a calçada praticamente todos os dias. Um problema que poderia ser resolvido com um pouco de educação", disse Cinira Aguilar, 72 anos, síndica do Edifício Barão de Casa Branca, que tem a garagem na Laurentino de Azevedo.

"Tem alguns que recolhem, mas deixam o saquinho jogado na sarjeta porque não temos lixeira perto, o que não adianta muito", contou a doméstica Léia Viana, 40, que passeava com o cachorro na travessa. Ela afirma recolher toda a sujeira e subir para o apartamento. "O pessoal que deixa tudo jogado costuma passear a noite, depois que volta do trabalho. A rua amanhece toda suja."

"Tem escola aqui perto, as crianças acabam andando pela guia porque não querem pisar no cocô", afirmou a síndica.

Em São Bernardo, há uma lei em vigor desde 2002 que estabelece que "o proprietário ou quem estiver conduzindo o passeio de cães nas vias e logradouros públicos será responsável pela coleta das fezes em recipientes adequados." Mas não há multa ou penalidade prevista.