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Região quer mais leitos funcionando
Por Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
07/06/2003 | 17:42
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O repasse de verbas para a implementação de procedimentos de alto custo e de internações nos hospitais públicos referências da região é o principal entrave que os municípios devem enfrentar quando concluírem o relatório que vai definir as principais necessidades em cada área médica. O documento será elaborado até a segunda quinzena de julho pelo Grupo Técnico de Saúde do Consórcio Intermunicipal. Em uma estimativa baixa, o governo do Estado teria de repassar cerca de R$ 5 milhões mensais para ativar leitos no Hospital Estadual de Diadema, do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, e do Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini, em Mauá, segundo Homero Nepomuceno Duarte, coordenador executivo do Grupo Técnico de Saúde.

Para o diretor de Gestão da secretaria de Saúde de Diadema, Paulo Espinosa, a pesquisa irá servir como base a solicitações do Grande ABC junto ao governo do Estado. “A finalidade primordial é discutir a situação da região. Está claro que os dois hospitais estaduais (Diadema e Santo André) não estão dando conta e são necessários novos investimentos”, disse.

No total, são cerca de 300 leitos que deixam de ser utilizados em razão do não funcionamento integral dos hospitais. A conseqüência é a exportação dos pacientes para São Paulo. Ainda de acordo com Duarte, em Diadema, todos os 224 leitos estão ativados. No entanto, o hospital estaria trabalhando com apenas 70% de sua capacidade operacional. Em Santo André, a capacidade total é para 350 leitos. “O hospital tem condições de ativar mais 50% do número de leitos”, disse. Inaugurado em novembro de 2001, a unidade andreense apresenta alas fechadas à espera de recursos humanos e verba estadual.

Quanto ao Nardini, hospital municipal de Mauá e referência emergencial para as cidades de Ribeirão Pires, e Rio Grande da Serra, possui atualmente 80 leitos ainda não ativados, segundo Duarte. “O Nardini tem capacidade total para 220 leitos.”

Planejamento – Diante do número expressivo de leitos que poderiam estar abertos nos hospitais públicos do Grande ABC, o Grupo Técnico de Saúde quer incluir a ativação de 100% das unidades hospitalares entre os acordos a serem assinados entre os prefeitos da região e o governo estadual. “O planejamento dos serviços de alto custo que hoje vão para fora da região e podem passar a ser feitos aqui remeterá à questão financeira”, disse Duarte.

O representante do Consórcio Intermunicipal ressaltou que o Governo do Estado repassa, mensalmente, R$ 2,9 milhões para o Hospital de Diadema, e R$ 3 milhões para o Mário Covas. “Apesar da carência de recursos, nossa prioridade hoje é a ativação de todos os leitos”, afirmou Duarte.

Durante o seminário que acontecerá na terça-feira em Santo André, um representante de cada hospital – dos dois estaduais (Diadema e Mário Covas) e do municipal (Nardini) – irão incorporar a Câmara Técnica, segundo Duarte.

Colaborou Nicolas Tamasauskas




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