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O vereador solidário

Joaquim Henrique dos Santos (Santo André, 7-4-1948 – 31-5-2020)

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
07/06/2020 | 00:30
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Se alguém, um dia, se propuser a sistematizar a coleção da página Memória, encontrará grandes colaboradores, entre os quais Joaquim Henrique dos Santos. Ele esteve presente neste espaço em várias épocas, falando de tudo um pouco, da infância na Vila Humaitá, da atividade de congregado mariano, de torcedor da SE Humaitá, das pastorinhas do seu bairro, de política.

Se hoje a cidade de Santo André conta com um livro focalizando as biografias dos seus 300 vereadores, desde 1892, este projeto deveu-se ao trabalho do vereador e presidente da Câmara de Santo André Joaquim dos Santos, que editou o Almanaque dos Vereadores, seguido pela segunda edição feita pelo vereador Montorinho.

Joaquim, no caso, tinha uma preocupação muito grande com os seus pares. Dizia: ninguém se lembra dos velhos vereadores, daqueles que partiram, deixaram a política, não conseguiram reeleição, preferiram outros caminhos, mas que, cada um, sempre deixou algo de positivo, uma marca. Daí o definirmos como Joaquim, o vereador solidário.

Ele foi industriário. Trabalhou na Philips. Divulgou os encontros dos antigos colaboradores da indústria, mesmo depois de a Philips deixar a região. Foi Joaquim quem nos apresentou o padre Hildebrando, já veterano, que fez a bênção final do livro Semente do Grande ABC.

Mais recentemente, e até o fim, Joaquim dos Santos levou adiante o projeto do Clube dos Aposentados, formado por homens que têm história na cidade e se transformaram em verdadeiros conselheiros informais da administração pública.

Enquanto isso, Joaquim dos Santos montou em sua sala, no escritório da Dra. Vera, no bairro Casa Branca, um verdadeiro ecomuseu, com imagens suas e dos seus semelhantes, relíquias que ajudam a compreender a história andreense.

FAMÍLIA
Joaquim dos Santos era filho do célebre Salvador dos Santos, esportista e benemérito de Vila Humaitá, e de Ivone Teixeira dos Santos. Viúvo de Laura Zanardo dos Santos, ele deixa os filhos Paulo Rogério, Marcos Henrique e Carlos Eduardo, sete netos e as irmãs Ana e Lurdes. Parte aos 72 anos e está sepultado no Cemitério Cristo Redentor, em Vila Pires.

7º DIA
Hoje, às 8h, missa virtual em homenagem a Joaquim na Comunidade Nossa Senhora da Fé, no Parque Marajoara, Santo André.

Diário há meio século
Domingo, 7 de junho de 1970; ano 12; edição 1253
Manchete – Inglaterra, dura prova para o Brasil. Na Copa do México, a Seleção enfrentaria um grande adversário – o segundo da campanha do tri, no Estádio Jalisco, em Guadalajara.
Nota – E venceria por 1 a 0, gol do Jairzinho, chamado de ‘O Furacão da Copa’.
São Caetano – Respire neste bairro. Se for capaz.
Nota – O bairro era o Fundação, com suas indústrias poluidoras que, acreditem!, deixaram saudades.

Em 7 de junho de...
1920 – Associações de classe da região, São Paulo e outras cidades debatiam três providências conjuntas:
1 – fundar um jornal diário que representasse o movimento sindical.
2 – reconstituir o órgão federativo das associações proletárias: a antiga União Geral dos Trabalhadores receberia o nome der Federação Operária do Estado de São Paulo.
3 – Preparar os estatutos da Cooperativa Gráfica Popular.
1930 – Surge na região um grêmio fascista organizado por partidários da política de Mussolini.
1975 – Seleção Brasileira de Basquete Feminino convoca 15 jogadoras do Grande ABC.
Técnicos: Valdir Pagan Peres (Fundação) e Paulo Albano dos Santos (Pirelli).
Fundação: Norminha, Delci, Elza, Tereza, Regina, Vânia e Irene.
Pirelli: Nilza, Odila, Arilza, Tereza e Laís.
Villares: Telma, Cristina e Narcisa.

Santos do dia
- Antonio Maria Gianelli (Itália, 1789-1846). Fundou a Congregação das Filhas de Maria (Irmãs Gianellinas) e a Congregação dos Missionários (ou Oblatos) de Santo Afonso de Ligório
- Ana de São Bartolomeu
- Antonio Gianelli
- Pedro de Córdova
SANTÍSSIMA TRINDADE.
Festa celebrada no primeiro domingo depois de Pentecostes: o mistério de um só Deus em três pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo

Etianos (Lembranças dos que estudaram na Escola Técnica Industrial Lauro Gomes (ETILG), depois ETE e Etec, em São Bernardo)
MARCO ANTONIO TOGNIAZZOLO
Eletrônica – Turma de 1985
Minha história com a ETI começou quando meu pai me levou para conhecer a escola. A ausência de muros e a enorme área que a ETI ocupava me chamaram a atenção. Passamos por laboratórios, salas de aulas e biblioteca. Naquele dia foram realizadas provas de atletismo no campão e ali, no corredor do bloco 6, decidi que iria estudar na Lauro Gomes.
Joguei vôlei pela ETI por três anos e fomos campeões em todas as edições dos Jogos Escolares.
Trabalhei como técnico de manutenção de equipamentos de áudio e depois com projetos e instalações de automação industrial em grandes empresas.
Atualmente sou responsável de TI numa empresa de sistemas de armazenamento de energia, pioneira no desenvolvimento de baterias de lítio no Brasil. Fiz engenharia elétrica e pós no Japão. Dei aula em escolas técnicas e faculdades. Quando encontro algum etiano, a empatia é imediata. 




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