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Lelê festeja boa fase e relembra início da carreira em Diadema

Lelê festeja boa fase e relembra início da carreira
em Diadema; atacante atua pelo Sta.Cruz na Série A

Felipe Simões
17/01/2016 | 07:30
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Marina Brandão/DGABC


A situação não poderia estar melhor para o meia-atacante Lelê. Peça importante no acesso do Santa Cruz-PE à Série A do Campeonato Brasileiro, o diademense de 25 anos teve o contrato renovado até o fim da temporada. Ele já retornou ao trabalho no clube pernambucano, mas aproveitou as férias de dezembro para recarregar as baterias ao lado da família, que ainda mora no bairro Eldorado, em Diadema. Em conversa com o Diário, o atleta relembrou o início no futebol e afirmou estar vivendo a melhor fase da carreira.

“É um momento único que estou vivendo. Ainda não tive oportunidade de jogar a Série A, estou muito feliz. Espero que a gente faça um bom campeonato”, relatou Lelê.

Mas para chegar à elite do futebol brasileiro, o diademense Wesley de Jesus Correia teve de provar o seu valor. Os primeiros chutes foram dados no Grêmio Eldorado, clube da várzea de Diadema. Depois, aos aos 14 anos, chegou ao Água Santa, à época ainda amador, pelo qual disputou campeonatos e chegou a ser artilheiro. A experiência foi tão produtiva que o Netuno ainda está no coração do jogador.

“O pessoal fala que o Água Santa está na Primeira Divisão do Paulista e eu digo que joguei lá. Quando o pessoal fala de Diadema, sempre me vem à memória os amigos, o Água Santa. Por ter sido criado no Eldorado, estou bastante feliz por ver onde o Água Santa chegou”, afirmou Lelê.

Para realizar o sonho de ser jogador de futebol, porém, faltava chegar a um clube profissional. Na adolescência, o diademense fez testes em agremiações como Corinthians e Portuguesa, mas sempre sem sucesso. “Às vezes eu passava no teste, mas mudava o treinador e o cara me liberava”, relembrou. “Não desanimei. Nunca passou pela minha cabeça desistir. Um dos principais fatores que me fizeram vencer foi a minha vontade, de saber que eu poderia chegar e me tornar um jogador de futebol”, explicou o atleta.

Tudo começou a melhorar quando, por intermédio de um amigo, ele fez um teste no São Bernardo e foi aprovado, já com 17 anos, idade considerada avançada para iniciar a carreira no futebol. Com o Tigre foi assinado o primeiro contrato profissional e, a partir daí, a vida do diademense começou a ganhar velocidade, uma de suas principais características em campo.

Seu bom desempenho em competições juvenis chamou a atenção do Grêmio, que o contratou. No entanto, a experiência no clube gaúcho durou pouco e ele retornou ao Tigre, onde voltou a se destacar.Em 2009, uma boa participação na Copa São Paulo de Futebol Júnior fez com que o Coritiba o levasse.

No Paraná, Lelê não teve oportunidades e foi emprestado para Fortaleza e Rio Branco-PR. Em 2012, se transferiu para o Oeste, onde ficou três anos e conquistou a taça da Série C do Nacional. “Conseguimos colocar o clube na Série B. Os bons jogos que fiz despertaram o interesse de outros clubes”, lembrou ele, que disputou a Série A-2 do Paulista do ano passado pela equipe de Itápolis.

“O pessoal do Santa Cruz já me procurava. Acabei aceitando esse desafio. Cheguei na nona rodada da Série B, foi um desafio e tanto. Mas consegui ajudar o clube e colocá-lo de volta na Série A”, festejou ele, que teve participação importante ao anotar cinco gols na competição nacional – um deles diante do Botafogo-RJ, que acabou campeão.

Além do acesso, uma experiência que marcou Lelê foi a convivência com o atacante Grafite, que tem passagem pela Seleção Brasileira e pelo São Paulo. “Para mim foi muito bom jogar ao lado do Grafite. É um atleta que disputou Copa do Mundo. A chegada dele foi muito importante. É uma pessoa extraordinária, um cara nota dez, bem humilde e dedicado. É de se espantar um cara com essa bagagem, por ter conquistado o que ele conquistou, ser nota dez, você fica até impressionado”, comentou o diademense.

Questionado sobre o futuro, Lelê não escondeu os sonhos para o término da carreira. “No futebol estamos aqui e depois lá, mas no fim tenho o sonho de jogar no São Bernardo ou no Água Santa. Se tiver essa oportunidade, vou ficar feliz”, projetou. E enquanto o futuro distante não chega, o técnico Ney Franco, atualmente sem clube, profetizou, ainda em 2010, no Coritiba, sobre o potencial do diademense. “É mais um jovem talento que estamos preparando. Ele sabe jogar entre os zagueiros, sair pelas laterais do campo. Ele tem futuro muito bom”, disse.

Parece que ele acertou. 




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