Dentro do atual cenário político, 27 secretários de governos do Grande ABC tendem a deixar o primeiro escalão para disputa de cargo público, figurando as urnas no processo eleitoral de outubro. O número representa 18% das Pastas (150 no total) existentes na região. Diadema, chefiada por Lauro Michels (PV), encabeça o volume de baixas, podendo contabilizar até oito desligamentos para o pleito. As prováveis saídas envolvem o interesse dos agentes públicos em lançar-se na corrida por vaga de vereador, vice ou mesmo a prefeito.

Em 2012, a quantidade final de candidatos/secretários foi pouco inferior. Da totalidade, 20 saíram dos Paços, sendo que seis deles alcançaram êxito na empreitada. Entre os que obtiveram vitória, Gabriel Maranhão (PSDB), que era titular de Obras de Rio Grande da Serra e tornou-se prefeito, e Helcio Silva (PT), também ex-secretário de Obras, chegando a vice-prefeito de Mauá. José Luiz Cassimiro (PT), Paulo Suares (PT), ambos mauaenses, José Cloves (PT), José Luis Ferrarezi (PT), de São Bernardo, e Magali Selva Pinto (PSD, de São Caetano) completam o quadro ao conquistarem a vereança.

Em solo diademense, por exemplo, há dois nomes de hoje componentes do secretariado que são parlamentares licenciados e devem novamente entrar na briga pelo voto: Marcos Michels (PV, Educação) e José Augusto da Silva Ramos (PSDB, Saúde). O verde poderá pedir afastamento do cargo até o dia 1º de abril, com seis meses de antecedência ao páreo. O tucano, por sua vez, é cotado a duelar na chapa majoritária, integrando posto de vice de Lauro (veja arte ao lado).

Santo André inclina a perder apenas uma peça do alto escalão no período. Única cogitada internamente, a secretária de Esportes, Marta Sobral, se filiou ao PDT para se candidatar à vereança. O governo, na figura do prefeito Carlos Grana (PT), enfrentará, no entanto, dois ex-titulares de Pastas: Raimundo Salles (PPS, Cultura) e Paulinho Serra (PSDB, Obras), ambos pré-prefeituráveis.

Em São Bernardo, são três nomes do PT e um do PMDB. Entre os petistas, o secretário de Serviços Urbanos, Tarcisio Secoli, escolhido pelo prefeito Luiz Marinho (PT) para encarar a sucessão como quadro governista, José Albino (Governo, exoneração prevista para integrar a coordenação da campanha) e Wagner Lino (subprefeito do Riacho Grande).

São Caetano contém cinco componentes listados: Jander Lira (PP), Andreia Neves (PMDB), Severo Neto (PSB) e José Quesada (PMDB), propensos a pleitear assento no Legislativo, além de Nilson Bonome (PMDB), ainda cotado a vice do chefe do Executivo Paulo Pinheiro (PMDB). Em Mauá, o vereador licenciado Chiquinho do Zaíra (PTdoB) pode concorrer à reeleição, porém, tenta ser o número dois do prefeito Donisete Braga (PT). Outro que briga pelo posto é Suares.

A vice-prefeita de Ribeirão Pires, Leonice Moura, a Leo da Apraespi (PSC), rompeu com o prefeito Saulo Benevides (PMDB). O peemedebista admitiu a ruptura ao tirá-la do comando da Educação. Há ainda outros quatro nomes, com destaque para Gersio Constantino (PSD) e Koiti Takaki (PTdoB). Em Rio Grande, somente Valdir Marques (PSD).

(Colaborou Leandro Baldini)