O dólar encareceu, ao longo de 2015, 47,2%. No primeiro pregão na Bolsa de Valores deste ano, a moeda norte-americana, na modalidade comercial (utilizada para operações de exportações e importações) estava cotada em R$ 2,69. Ontem, no último do ano, encerrou vendida por R$ 3,96.

O estrago poderia ser maior, já que, em setembro, pela primeira vez na história do País, a divisa atingiu o patamar de R$ 4. No mesmo mês, a cotação atingiu seu pico, com R$ 4,14.

A escalada da moeda norte-americana tem relação, entre outros fatores, com as dificuldades de aprovação de medidas para equilibrar as contas públicas, a crise política, o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e as dificuldades econômicas.

O cenário afugenta investidores externos, que vendem ações e títulos na Bovespa e compram dólares, o que pressiona a demanda pela divisa. E esse movimento deve continuar, já que depois de a Standard & Poor’s ter tirado o selo de bom pagador do Brasil em setembro, neste mês foi a vez da Fitch. Bom para empresas exportadoras, que passam a receber mais pela venda do mesmo produto. Ruim para o brasileiro que quer viajar ao Exterior e comprar itens importados.