O PSC de Diadema filiou na sexta-feira o vereador Reinaldo Meira em meio à cobrança ao prefeito Lauro Michels (PV) por não honrar compromisso de 2012 que envolve gestão da Secretaria de Cultura.

Após vitória sobre o então prefeito Mário Reali (PT), Lauro prometeu repartir o comando da Pasta entre o PSC e o PHS (que era presidido por Gilberto Moura, o Giba, hoje no PRP), que estavam coligados e contribuíram no êxito do verde sobre o petista. Ficou estabelecido que o republicano comandaria o setor pelos dois primeiros anos da administração (2013 e 2014) e que dois últimos anos ficariam com a sigla social-cristã, sob tutela de Teodózio Gregório da Silva, presidente municipal da agremiação. No entanto, passados dois anos e meio do governo Lauro, o acordo segue sem ser honrado.

“Estamos na base governista e a orientação no partido é pela reeleição do Lauro. Porém, é preciso lembrar que ele não honrou o trato que foi feito com a gente. Na política, os acordos são feitos na palavra”, disparou Teodózio, que não quis dar mais detalhes sobre o caso.

No pleito municipal, a coligação entre os nanicos angariou 9.541 votos, mas não conquistou nenhuma cadeira no Legislativo. O mais votado foi Washington Ferreira da Silva, conhecido como Professor Ton – filho de Teodózio –, que conquistou 1.370 adesões.

“Foram números que contribuíram muito para a vitória do Lauro. Isso precisa ser lembrado, pois as disputas em Diadema são sempre muito apertadas”, adicionou o dirigente social-cristão.

FILIAÇÃO
Em primeiro mandato, o vereador Reinaldo Meira foi oficializado nas fileiras do PSC na sexta-feira, em ato na Câmara. Esta é sua segunda passagem pela sigla. A primeira ocorreu em 2008, quando fracassou na busca por cadeira no Legislativo.

O parlamentar estava sem partido desde maio, quando foi expulso do PR, em meio a manobra política do ex-presidente da sigla e secretário de Transportes, José Carlos Gonçalves.

A filiação de Meira trouxe surpresa para o alto escalão do governo Lauro, que articulava ingresso em outras siglas, como o PPS e PSB.

“Meu retorno ao partido foi uma convicção minha, por conta de sua ideologia. Sou cristão e isso pesou demais para minha decisão. A outra foi em razão do alinhamento da sigla com o projeto de reeleição ao prefeito Lauro”, descreveu Meira.