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Belluzzo pede esforço ao Palmeiras pela Libertadores

Presidente palmeirense admite descrença em relação ao título do Brasileiro; time não é campeão há 15 anos

Lucas Tieppo
Com Agências
20/11/2009 | 07:00
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O presidente Luiz Gonzaga Belluzzo deu ontem sinais de que já abandonou o sonho de ver o Palmeiras conquistar o Brasileiro após 15 anos. O mandatário, que assistiu de São Paulo a derrota (2 a 0) para o Grêmio, quarta-feira, e a troca de socos entre Maurício e Obina, espera que sua equipe garanta, ao menos, vaga para a Copa Libertadores da América de 2010.

"A gente está com muitas chances de ir para a Libertadores, agora espero que não jogue fora esse negócio. O elenco tem de se dar conta de que a Libertadores é uma competição que valoriza, e a gente tem uma enorme chance de se classificar", afirmou Belluzzo ao UOL Esporte.

O dirigente também vive a expectativa de que as turbulências decorrentes da queda de rendimento e, principalmente, pelos problemas internos, não demorem a passar. "Espero que o clube entre em período mais calmo depois dessa turbulência ocasionada pelo destino. Tomara que volte ao normal, ganhe do Atlético-MG e mantenha essa chance enorme de Libertadores", assumiu o presidente, que na terça-feira foi suspenso por 270 dias pelas críticas feitas ao árbitro Carlos Eugênio Simon e ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

Sobre a briga entre Maurício e Obina, que não retornaram de Porto Alegre com o elenco e também foram retirados do site oficial do Palmeiras, já que não fazem mais parte dos planos do clube, Belluzzo preferiu não fazer comentários antes de conversar com os envolvidos. "Não quero falar sobre o caso. Falar por falar com informações que vi pela TV não adianta. Não vou comentar nada sem saber como foi que aconteceu realmente", explicou o dirigente.

"As pessoas não sabem ouvir. Eu quero ouvir o que todo mundo tem a dizer antes de tomar qualquer atitude", concluiu. (Supervisão Angelo Verotti)

Maurício pede desculpa pelo desentendimento

O zagueiro Maurício, afastado pelo diretoria do Palmeiras após trocar socos com o atacante Obina, falou ontem sobre o desentendimento e pediu desculpas à torcida, comissão técnica e ao grupo.

"Foi um momento do jogo. A vontade de ganhar causou o desentendimento ali no campo, mas no vestiário a gente conversou e se entendeu. O Obina é meu amigo. Aconteceu tudo aquilo e ficou uma situação chata. Queria pedir desculpas à comissão técnica, à torcida e a todo o grupo", afirmou o zagueiro à Rádio Record.

Maurício também não escondeu a tristeza por ter sido dispensado do clube em que ficou por 11 anos. "Senti muita tristeza, pois estou há muito tempo no Palmeiras. Fiquei triste e chorei. São 11 anos de clube, não 11 meses. Tenho um carinho enorme pelo Palmeiras e para mim aquele momento (quando foi informado da dispensa) foi muito difícil", lembrou o zagueiro.

As declarações do zagueiro Danilo, que afirmou que o grupo palmeirense está rachado, também foram contestadas pelo jovem jogador. "O grupo é unido, em momento algum teve discussão ou briga. O que aconteceu com o Obina foi um fato isolado. O Danilo tem a opinião dele e fala o que quiser. Eu tenho minha opinião. Se ele acha isso, é problema dele", explicou. (Das Agências)

Na chegada, delegação foge da ira de torcedores

A chegada do Palmeiras a São Paulo seguiu o de quase todo time grande de futebol que passa por crise e que vive momentos turbulentos nos bastidores.

No saguão do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, dezenas de torcedores, aguardavam a chegada dos jogadores, que seriam prontamente atingidos por pipocas, sob xingamentos de pipoqueiros.

Os principais alvos da ira dos palmeirenses eram o meia Diego Souza e o atacante Vágner Love, também chamado de baladeiro. O goleiros Marcos e o volante Pierre, ídolos da torcida, seriam os únicos poupados.

No entanto, o Palmeiras usou a velha tática de descer do avião diretamente para um ônibus que aguardava a delegação já na pista do aeroporto, e seguiu para a Academia de Futebol. Assim, nenhum jogador ou integrante da comissão técnica teve de explicar os motivos da vertiginosa queda de rendimento da equipe no Campeonato Brasileiro e também conseguiu escapar dos xingamentos dos torcedores.

A derrota para o Grêmio, por 2 a 0, na quarta-feira, deixou o Palmeiras com chances mínimas de acabar com jejum de 15 anos sem o título do Brasileirão. Com 59 pontos, o Verdão pode ver o líder São Paulo abrir seis pontos de vantagem se vencer o Botafogo, no domingo.




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