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Prefeito Carlos Grana nega reforma no primeiro escalão de Santo André

Nem mesmo no período de campanha petista deve afastar secretários

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
28/06/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), descartou ontem executar mudanças no primeiro escalão do governo. O petista considerou como pontual a saída do secretário de Comunicação, Leandro Laranjeira (sem partido), substituído oficialmente pelo advogado Ronaldo Feitosa, que assumiu, a princípio, interinamente o cargo comissionado. “Não há interesse da nossa parte em fazer troca (na composição). Nunca aventei essa possibilidade. (Qualquer fala) Contrária a isso é mera especulação.”

Após evento no nono andar do Paço com profissionais da área da Educação, o prefeito concedeu entrevista coletiva em seu gabinete, no décimo andar, posicionando duas cadeiras – uma de cada lado de seu posto na mesa de reuniões – para acomodar Laranjeira e Feitosa.

O petista afirmou que a exoneração de Laranjeira é fruto de “bom entendimento”, que estava sendo tratado há cerca de um mês e que se consolidou depois que o secretário recebeu proposta de projeto no âmbito federal. “Foi tudo em consenso, conversado. Ele é um amigo e não podia ficar expondo-o (no mercado)”, disse, ao frisar a proximidade desde a campanha eleitoral de 2012. “Existe complicação financeira na Prefeitura, que limita o trabalho, e a comunicação é área muito sensível.”

Grana sinalizou que nem o período de campanha eleitoral deve afastar nomes do secretariado ao referir-se ao secretário de Cultura, Raimundo Salles (PDT). O pedetista fará parte da coordenação política das candidaturas de Alex Manente (PPS) a deputado federal e de Paulo Skaf (PMDB) ao governo do Estado. “Ele é líder partidário (por isso, os convites). No que depender do prefeito, ele continua integralmente até o fim do mandato (em 2016). Caso haja alguma demanda, só se vier da parte dele.”

Sobre alterações internas na Pasta, Grana adiantou que não mexerá na estrutura administrativa da secretaria. “Não vamos transformar em núcleo (modelo na gestão João Avamileno, PT). Seria retrocesso. Iremos manter o status até por recomendação do (jornalista) Laranjeira.” Em relação aos profissionais que atuam na área, o chefe do Executivo argumentou que o novo titular “tomará pé da situação” para apresentar diagnóstico. “Isso porque os nomes (dos jornalistas contratados) foram tratados (à época) de comum acordo.”

BURACO NAS CONTAS
Diante do deficit nas contas da Prefeitura, Grana revelou que na semana que vem iniciará processo de reuniões com o secretariado no sentido de “reduzir despesas”, embora já exista contingenciamento de projetos. “Há particularidades, por isso faremos bateria por cada área. Continua complicado.” O buraco financeiro do Paço gira em torno de R$ 89 milhões. Para ele, acendeu o sinal amarelo ao citar que a previsão de recursos próprios que era de R$ 1,3 bilhão reduziu para R$ 1,070 bilhão. “São mais de R$ 200 milhões a menos. Aquela receita que esperávamos não será atingida.”




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