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Hillary Clinton diz ter pedido fim do embargo a Cuba

Clinton explicou que o embargo não é útil mais aos interesses americanos nem promove mudanças

06/06/2014 | 00:54
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Da AE


A ex-secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton disse ter pedido para que o presidente Barack Obama retirasse ou aliviasse o embargo de décadas contra Cuba. A informação foi publicada no livro "Hard Choices", escrito por Clinton e que será publicado na próxima semana, mas obtido pela Associated Press com antecedência.

No texto, Clinton explicou que o embargo não é útil mais aos interesses norte-americanos nem promove mudanças na ilha comunista. Ela acrescentou que isso também dá aos líderes Fidel e Raúl Castro uma desculpa para não conduzirem reformas democráticas. "Desde 1960, os EUA mantiveram um embargo contra a ilha na esperança de tirar Castro do poder, mas isso apenas obteve sucesso em dar a ele alguém a culpar pelos problemas econômicos de Cuba", escreveu.

No fim de seu mandato, continua Clinton, ela insistiu para que Obama reconsiderasse o embargo, por atrasar toda a agenda na América Latina. A ex-secretária de Estado escreveu que, diante de "um muro de pedras" do regime de Castro, ela e Obama decidiram interagir diretamente com o povo cubano. "Nós acreditamos que o melhor modo de trazer a mudança à Cuba seria expor o povo aos valores, informações e confortos materiais do mundo exterior."

Os passos tomados por Obama, incluindo permitir mais viagens à ilha e aumentar a quantidade de dinheiro que descendentes podem enviar à Cuba, resultaram em efeitos positivos, disse.

No entanto, Clinton se mostrou decepcionada com a prisão de Alan Gross, funcionário da Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês), sentenciado a 15 anos de prisão em Cuba. Ela declarou suspeitar que alguns em Cuba estão usando o caso de Gross como uma oportunidade para frear qualquer possível reaproximação com os EUA e as reformas domésticas que isso implicaria. "Se for verdade, é uma tragédia dupla", afirmou, argumentando que isso prejudica milhões de cubanos. Fonte: Associated Press.




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