Por meio do Twitter, a presidente Dilma Rousseff divulgou na tarde de ontem que tinha assinado o decreto que reajusta o salário-mínimo para R$ 724 a partir de 1º de janeiro de 2014. O rejuste foi de 6,78% sobre o valor atual, que é de R$ 678.

De acordo com estimativa da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), o novo salário mínimo de R$ 724 deve representar um acréscimo de R$ 46 bilhões na economia brasileira quando o calendário mudar.

Em 2014, o real fará aniversário de 20 anos e o valor do salário-mínimo terá saído de R$ 70 em 1994 para R$ 724. Além da correção da inflação, a fórmula do mínimo inclui o percentual de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), o que representa ganho real de valor. No ano passado, o aumento do PIB foi modesto, 0,85%; o menor verificado nos últimos anos. Em 2013, o salário-mínimo teve aumento real de 2,7% e em 2012, de 7,6%.

O aumento menor é ruim para o trabalhador, mas também não faz bem à economia como um todo já que os ganhos reais do mínimo nos últimos anos são o que têm alavancado o enriquecimento da classe C e, combinado às políticas de incentivo ao consumo do governo, tem movimentado o mercado.

A FecomercioSP ressaltou, por meio de nota, que o salário-mínimo foi a mola propulsora da economia nos últimos anos – com exceção de 2013 – e isso não ocorrerá em 2014. “Por isso, o ciclo de manutenção do aumento do PIB por meio do consumo e do incremento do consumo devido a faixas emergentes de renda se esvaiu”, disse. Para a entidade, o crescimento dependerá da “melhora do ambiente de negócios e do aumento do investimento para manutenção do nível de emprego no País”, avaliou a entidade.