Política Titulo Irregular
Sindema vai pedir anulação de Conferência Municipal

Entidade contesta a condução antidemocrática do secretário José Augusto

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
20/12/2013 | 06:44
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Marina Brandão/DGABC


O Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema) vai recorrer à Justiça e ao Conselho Nacional de Saúde para tentar anular a 8ª Conferência Municipal de Saúde, realizada na terça-feira. A entidade avalia que o modo de condução do evento pelo secretário da Pasta e ex-prefeito, José Augusto da Silva Ramos (PSDB), foi “antidemocrático”, “truculento” e “irregular”.

De acordo com a diretora do sindicato e integrante do Conselho Municipal de Saúde, Rosa Aparecida de Souza, o tucano ignorou a participação popular. “Rejeitamos no conselho duas vezes o regimento da conferência e mesmo assim ele fez o evento. Um evento truculento, sem eleger delegados e sem participação popular. Nós vamos denunciá-lo no Conselho Nacional de Saúde e pedir a anulação na Justiça”, relatou a dirigente sindical.

Antes da realização da Conferência Estadual de Saúde, o município deve conduzir três atos locais para discutir o rumo da área e levar ao debate no Estado. “Mas fez de maneira irregular do mesmo modo que conduz a Saúde. É corriqueiro ver o Zé Augusto e o prefeito (Lauro Michels, PV) dizendo que os médicos que pediram exoneração (82 no total) só pensavam em dinheiro e não queriam trabalhar. Duvido que 82 médicos dormiam em serviço. É um desrespeito com toda uma categoria”, afirmou Rosa.

O Sindema, segundo Rosa, também tem registrado inúmeras reclamações de servidores sobre a postura de José Augusto. “Os servidores têm horas excedentes e ele não quer negociar. Não quer reconhecer essas horas trabalhadas para não ter de pagar. É mais um ato de truculência e desrespeito do secretário”, observou a sindicalista.

Durante a conferência, que foi realizada no auditório do Quarteirão da Saúde, José Augusto criou confusão com integrantes do conselho municipal que protestavam contra ele no evento.

Na ocasião, o repórter do Diário Fábio Munhoz questionou o secretário sobre a falta de médicos e acabou sendo agredido pelo tucano com um empurrão para impedir que ele o seguisse fora do saguão da atividade.

Lauro disse que a postura do secretário estava errada e pediu desculpas ao Diário pelo ocorrido.
 




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