Cultura & Lazer Titulo Música
Macchina grava
disco em casa

Banda da região aposta no formato
independente e faz álbum e videoclipe

Vinícius Castelli
20/11/2013 | 07:00
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Divulgação


Em tempos em que muitos músicos gravam até a distância, usam estúdios com parafernália e toda produção possível, um trio roqueiro do Grande ABC, o Macchina, resolveu ir na contramão disso tudo e mergulhar na mão de obra artesanal. O grupo lança seu disco de estreia, homônimo (R$ 7), hoje, em festa fechada em São Paulo, no Estúdio Produssom, a partir das 21h.

Formado em 2011, o Macchina conta com um velho conhecido da cena roqueira na região, o vocalista e guitarrista Anderson ‘Punkinho’ Mattiello, que já tocou nas bandas Ästerdon e Grinders, entre outros. Na nova empreitada ele é acompanhado por Felipe Microfone (contrabaixo) e Gabriel Barbosa (bateria).

Com riffs de guitarra pesados e bem elaborados, o disco traz ao ouvinte sete composições autorais cruas e diretas com influências de bandas como Black Label Society, Hatebreed e Fu Manchu. E tudo isso foi produzido, gravado, pensado e arquitetado pela banda. Mattielo conta que o disco foi concebido de forma totalmente independente, com recursos próprios. Desde o processo de composição à arte final.

Para começar a ter um trabalho em mãos, Mattielo começou a esboçar as linhas de guitarra e depois gravou uma amostra para os companheiros de banda, tudo em sua casa. Depois foi a vez de gravar a bateria, e em seguida as linhas de contrabaixo. “Depois disso gravei as guitarras, as vozes, editei, mixei e masterizei. Ou seja, tudo feito em casa”, conta o músico. Tudo levou um mês para ficar pronto.

As faixas são cantadas em inglês e falam de “andar de cabeça erguida e não pisar na bola com ninguém. Ser você mesmo e não se importar com que o outros vão achar. Acho a língua inglesa muito mais apropriada para o rock. Não acho legal rock em português. Na minha opinião, não fica bom”, diz Mattielo.

Além do álbum, o grupo já produziu um videoclipe, para a música Alive, também feito de forma independente, com captação, montagem e edição assinadas pelo baterista.

O guitarrista diz que vale a aposta no estilo de som que o Macchina promove. Segundo ele, esse é um mercado que está se renovando, principalmente por conta da decadência do emocore e outros ritmos mais ‘teens’. “A molecada está começando a ouvir rock de novo”.

“Suamos muito para tudo isso acontecer. Formatamos esse projeto em setembro e, desde lá, foi uma aula de organização, pois todos os prazos foram cumpridos e sem estresse. Fizemos um trabalho totalmente artesanal, do qual nos orgulhamos muito.” 




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