A bolada de R$ 1 milhão. Esse deverá ser o prêmio para cada jogador, caso o Brasil seja campeão na África. Para a CBF não haverá nenhum problema. Estima-se que o caixa da entidade será recheado neste ano com R$ 220 milhões de patrocinadores e outras receitas.

Para Maicon, Júlio César e Lúcio, que jogam na Inter de Milão e que ganharam tudo neste ano, é dinheiro de pinga. Afinal, pela conquista do Italiano, Copa da Itália e Copa dos Campeões eles embolsaram perto de R$ 2,5 milhões.

Imagino que o técnico Dunga deva abrir mão da sua parte. Claro, se for coerente com seu discurso de patriotismo. Vários jogadores convocados pelo treinador, apesar de técnica discutível, mostraram comprometimento com ele e com a camisa amarela. Devem também abrir mão do bicho.

Os conceitos estão tão mudados que se a CBF disser que não pagará nada pela conquista da Copa, pouca gente reclamará. Sinal dos tempos.

SEXO, FOLGAS E PELADÃO

A discussão nos últimos dias chega a ser surrealista. Maradona diz que ficará pelado no Obelisco de Buenos Aires, caso a Argentina ganhe a Copa.

Repórteres queriam saber de Dunga se ele vai permitir que os jogadores brasileiros façam sexo nas folgas .

Maradona não vai praticar nenhum atentado ao pudor. E Dunga sabe que numa folga a única coisa que poderá fazer é pedir calma e juízo para seus atletas. Porque se vacilar ou radicalizar a coisa, poderá ser informado que o sexo foi praticado no próprio hotel da Seleção. Afinal, há camareiras, garçonetes, moças da limpeza...

INCOERÊNCIA BRASILEIRA

As seleções estão chegando à África. Não se fala de outra coisa nos cinco continentes, senão na Copa do Mundo.

Os campeonatos de todos os países já terminaram. E aqui no Brasil a bola rola até o fim de semana. Tudo isso para preencher um calendário míope e distorcido.

Outra razão é atender à Rede Globo que tem mais três rodadas, incluindo a do fim de semana para preencher o espaço reservado na programação para o futebol. Cotas milionárias foram vendidas e a entrega precisa ser efetivada.

Pior do que isso é que ninguém reclama, ninguém protesta. Todos aceitam passivamente essas falhas.