Márcio Bernardes Titulo
A seleção é apenas isso

O torcedor brasileiro deixou o trabalho mais cedo, enfrentou trânsito e quem conseguiu chegar ao destino até a hora da partida

Por Especial para o Diário
16/06/2010 | 00:00
Compartilhar notícia


O torcedor brasileiro deixou o trabalho mais cedo, enfrentou trânsito e quem conseguiu chegar ao destino até a hora da partida viu que a Seleção não é nada demais.
A diferença brutal entre Brasil e Coréia do Norte deveria ser refletida em campo como aconteceu na estreia da Alemanha contra a fraca Austrália. Os alemães conseguiram exercer sua superioridade e a Seleção deveria ter feito igual em Joanesburgo.
A próxima partida contra a Costa do Marfim talvez seja a mais complicada da primeira fase, principalmente depois do que os africanos mostraram contra Portugal. Ser uma equipe que marca muito forte e se fecha muito bem defensivamente.
De boa impressão, apenas a boa bola de Robinho para o gol de Elano e as descidas de Maicon ao ataque, principal alternativa da Seleção. Mas é muito pouco para quem deseja o título e o pior é que a melhora deve ser mínima.
Bastidores
Pode ter sido uma boa ideia. O preparador físico do México inovou e os goleiros gostaram do treinamento realizado ontem aqui na África. Ele intercalou os chutes com a Jabulani e uma bola de futebol americano. O efeito, com a colaboração do vento, deu muito trabalho para os goleiros.
Ontem falei sobre as vuvuzelas e teve gente que não entendeu. Recebi e-mails, torpedos e outros protestos. Não é que eu seja favorável a essa barulheira. Entendo que como a Fifa liberou o instrumento neste início de Copa, seria uma sacanagem com o torcedor proibi-la, caso a África seja desclassificada.
Para os que gostam e não gostam das vuvuzelas: está confirmado que o fabricante local acertou com uma importadora brasileira e vai mandar produtos para nosso País já no segundo semestre. Fico imaginando nossos estádios barulhentos da mesma forma que os da África do Sul.
Marcelo Di Lalo, repórter da Rádio Eldorado/ESPN, contou-me uma história horripilante. Fim da noite fria de domingo, após deixar o IBC ele voltava para o hotel por uma autopista. Assistiu a um assassinato no acostamento da estrada. Cena comum de muitas cidades brasileiras.
A delegação da Itália fez uma comemoração particular e especial no hotel onde está concentrada aqui na África. Rolou uma festinha sem repressão a bebidas após o empate com o Paraguai. Apesar da decepção pelo resultado, todos acharam que pelo futebol do primeiro tempo, seria mais justa uma vitória italiana.
Ontem, cruzei aqui no IBC com Zinedine Zidane. Sempre simpático e gente boa. Falamos dos seus tempos de Real Madri e dos brasileiros que jogaram com ele. Zidane criticou o técnico francês Reymond Domenech e disse que o Brasil sempre é favorito para ganhar Copas do Mundo.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;