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Símbolo da Rota, coronel é condenado por morte
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20/11/2003 | 00:07
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Em decisão inédita, os juízes do TJM (Tribunal de Justiça Militar) condenaram o tenente-coronel Gilson Lopes, um dos maiores matadores da história da Polícia Militar de São Paulo, a 12 anos de prisão por homicídio. A Corte foi unânime ao afirmar que, na época do crime, “a PM convivia com o instituto da derrubada, com a eliminação de pessoas, marginais ou não, sendo estimulada a matança até por autoridades”. A decisão diz ainda que “o instituto do cabrito, no sentido de colocar arma de procedência duvidosa ao lado do cadáver, igualmente tornou-se rotina policial”.

Único oficial promovido duas vezes por bravura, Lopes envolveu-se em ocorrências que terminaram com 45 mortes durante sua carreira. Símbolo das ações em que integrantes das Rota eram acusados de execuções por entidades de direitos humanos, ele nunca havia sido condenado. Atualmente, ele é o subcomandante da Diretoria de Pessoal da PM.

O que lhe valeu a condenação a 12 anos foi a execução do estudante Delton Gomes da Costa. O crime é antigo, ocorreu em 1985, na zona Norte. Lopes não vai para a cadeia, ao menos por enquanto. É que a pena de 12 anos prescreveu no ano passado.




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