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Europa quer exportar modelo universitário para a AL
Por Do Diário do Grande ABC
03/11/2000 | 11:42
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A Uniao Européia, que mal conseguiu estabelecer regras harmônicas para o próprio sistema universitário, quer exportar seu modelo de ensino superior para a América Latina com o objetivo de evitar o "excesso" de influência dos Estados Unidos nesta área.

Quarenta ministros ligados ao ensino superior na Europa, América Latina e Caribe estao reunidos desde quinta-feira em Paris para propor bases de um espaço europeu-latino-americano na Educaçao.

França e Brasil coordenam o encontro, que termina nesta sexta, já que o primeiro preside a Uniao Européia até dezembro e o segundo, representado pelo ministro da Educaçao Paulo Renato de Souza, o Mercosul desde agosto.

Estao sendo discutidas formas para aumentar o intercâmbio entre os estudantes, pesquisadores e professores das duas regioes, a fim de criar um novo espaço de ensino, a Uniao Européia-americana Latina-Caribenha (UEALC) e refletir sobre a "norte-americanizaçao" da educaçao.

A França, que recebeu 5.182 estudantes latino-americanos durante o ano escolar 1999-2000, dos quais apenas 4% estao inscritos nas universidades francesas, acredita que estes números nao sao suficientes, segundo o Ministério da Educaçao francês.

Outra prioridade do projeto educacional europeu para América Latina é o lançamento de cursos superiores de formaçao técnica, baseados no modelo francês. Este deve privilegiar a formaçao de engenheiros e projetos de capacitaçao profissional para responder às necessidades da indústria (as montadoras de automóveis Renault e PSA estao bem instaladas no Brasil).

Bernard Fontaine, antigo diretor financeiro da Renault no Brasil e atual conselheiro técnico de relaçoes internacionais do gabinete do ministro francês da Educaçao,Jack Lang, ficará responsável pelo encaminhamento do dossiê sobre o projeto.




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