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Doria libera treinos, mas não agrada dirigentes

Governador determina retorno em 1º de julho; FPF convoca reunião com clubes para hoje

Por Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
18/06/2020 | 00:01
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Divulgação


A expectativa de que o futebol paulista retornasse às atividades na segunda-feira foi por água abaixo com a determinação feita ontem pelo governador João Doria (PSDB), que liberou que os times voltem aos treinos apenas dia 1º de julho. A situação revoltou os dirigentes dos clubes da Série A-1 do Estadual, ainda mais porque a FPF (Federação Paulista de Futebol) havia realizado detalhado protocolo de saúde que deve ser seguido pelos 16 times participantes e todos os envolvidos com a competição. Assim, reunião entre representantes das equipes e da entidade gestora do futebol do Estado foi marcada em caráter de urgência para as 15h de hoje.

“O governo do Estado determinou e finalizou todos os protocolos para as equipes de futebol profissional, da chamada Série A-1, para voltar a treinar a partir de 1º de julho”, declarou João Doria em coletiva realizada ontem à tarde. A determinação gerou pronta resposta da FPF, em nota. “O anúncio, com o distante reinício das atividades, causou estranheza, já que o protocolo de retomada gradual aos treinos preza, em primeiro lugar, pela saúde de todos envolvidos. Assim, os profissionais do futebol, que dependem de seu condicionamento físico para exercer suas atividades, seguem impedidos de trabalhar, sem que haja uma explicação plausível e científica. A Federação Paulista de Futebol convocará uma reunião virtual com os 16 clubes para esta quinta-feira (hoje), às 15h, para tratar do tema.”

O presidente do Santo André, Sidney Riquetto, não escondeu a frustração com a determinação do governo do Estado. “O protocolo de segurança que o comitê médico da FPF preparou é muito mais seguro do que outras atividades públicas já liberadas”, afirmou o dirigente. “Não se permite trabalho individual ao ar livre de cerca de 40 pessoas e libera a presença de milhares de pessoas dentro de um shopping, por exemplo”, questionou o mandatário andreense. “Por ora, estamos paralisados. Vamos aguardar, infelizmente. A decisão de hoje (ontem), mais uma vez, foi frustrante, adotada sem critérios técnicos”, complementou.

Na reunião da semana passada entre clubes e Federação ficou determinado que os times deverão retornar aos trabalhos simultaneamente quando permitido, diferentemente do que foi praticado pelo Red Bull Bragantino, que havia se adiantado e reiniciado as atividades.

Paralisada desde 16 de março, a competição ficou a duas rodadas de completar a primeira fase, próximo de definir os classificados às quartas de final. O Santo André – que colecionava duas derrotas consecutivas e três jogos sem vencer – liderava a competição, com 19 pontos, mesmo número do Palmeiras. O Água Santa, de Diadema, também está na disputa e quando o torneio foi suspenso ocupava o 14º posto, apenas um acima da zona de rebaixamento para a Série A-2 estadual. 




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