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Após EUA vetar cloroquina, Brasil amplia sua utilização

Agência norte-americana revoga a autorização para uso da substância em pacientes com Covid

Da Redação
16/06/2020 | 07:01
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Horas depois de a FDA, agência de controle de drogas dos Estados Unidos, revogar a autorização de uso emergencial de cloroquina e hidroxicloroquina para pacientes com a Covid-19, o Ministério da Saúde informou que vai ampliar as orientações de uso das substâncias para o tratamento em crianças e grávidas. Atualmente, o medicamente pode ser usado em todas as fases do tratamento da doença no Brasil desde que com consentimento do paciente ou de familiares.

A FDA determinou que “é improvável que a cloroquina e hidroxicloroquina sejam eficazes no tratamento da Covid-19 para os usos autorizados nos Estados Unidos”. O órgão destacou que “à luz dos eventos adversos cardíacos graves e outros efeitos colaterais graves, os benefícios conhecidos e potenciais de cloroquina e hidroxicloroquina não superam mais os riscos conhecidos e potenciais para o uso autorizado”. A autorização tinha sido dada em 28 de março, quando, de acordo com a agência, as evidências científicas permitiam concluir que havia benefícios no tratamento.

A decisão da FDA foi tomada duas semanas depois de os Estados Unidos doar 2 milhões de doses para o Brasil. A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro disse que a mudança de postura dos norte-americanos não vai interferir no Brasil. “Seguimos tranquilos, serenos e seguros quanto a nossa orientação. As doses doadas pelos Estados Unidos foram bem-vindas e serão aplicadas para salvar vidas de brasileiros”, comentou.

Sobre a decisão de ampliar o uso das substâncias para grávidas e crianças, a secretária explicou. “Não lançamos esta orientação no início pela imensa responsabilidade de tratar esses dois grupo que são as gestantes e as crianças. Não tínhamos orientações para manejo seguro dessas drogas”, explicou Mayra.  




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