Artigo

De 17 a 23 de junho, a charmosa Cannes veste ares cosmopolitas e alternativos para assumir o papel de Meca da criatividade e da ousadia mundial. O que mais surpreende quem acompanha a premiação é que a provocação do Lions Festival vai além do universo da propaganda. Remexe o status quo da história com inovação em cultura, moda, compras e ócio, que insiste em nos arrastar à Côte d'Azur, na França.

Os apelos luxuosos ficam concentrados no Boulevard de Croisette, passeio de dois quilômetros que margeia o Mediterrâneo e é endereço do Palácio dos Festivais, de grifes famosas e restaurantes de dar água na boca e frio nos bolsos, além de hotéis convidativos como o Carlton, o Majestic e o Martínez.

O cenário é plural e endossa o discurso da organização de que o festival não é mais apenas de publicidade. Nos sete dias do evento é possível assistir seminários no Debussy, frequentar workshops, fóruns e master classes. A ideia é inspirar pessoas e a diversidade de palestrantes atende a anseios sobre cinema, política, música, esportes e, lógico, publicidade.

Mas nem mesmo Ronaldo Nazário, sócio presidente da 9ine, irá tirar o brilho do mercado publicitário brasileiro, que inscreveu 3.419 peças neste ano para concorrer com 34.301 trabalhos de 87 países. Sim, o festival ficou gigante e o Brasil acompanha de perto esse crescimento, ocupando a posição de segundo maior concorrente em 2012, atrás apenas dos Estados Unidos, com 5.058 inscrições.

Vale lembrar que a criatividade brasileira só deu o ar da graça em Cannes em 1971, 17 anos depois da estreia do Lions Festival em Veneza. Foram 22 filmes inscritos e a conquista de um Leão de Prata, com o comercial O Nobre, com Raul Cortez, para a mortadela Swift. O primeiro ouro não demorou, veio em 1974, com o filme Homem Com Mais de Quarenta Anos, criado por Washington Olivetto, pela Lintas, para o Conselho Nacional de Propaganda.

A F/Nazca S&S é a brasileira com o maior número de trabalhos inscritos no Cannes Lions 2012. A agência concorre com 256 peças em 14 das 15 áreas do festival. Ficou fora apenas da Creative Effectiveness. A Y&R vem em seguida, com 247 inscrições, depois DM9DDB (222), AlmapBBDO (199) e Ogilvy (186).

Ivan Cavassani é empresário e vice-presidente de marketing e desenvolvimento social da Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano).

PALAVRA DO LEITOR

(In)Justiça

O desembargador Fernando Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, votou, dia 12, pela anulação das escutas telefônicas da Operação Monte Carlo, que envolve como principal réu o senhor Cachoeira. Meu Deus, onde estamos? Quem é esse doutor Fernando Tourinho Neto? Por favor, outras autoridades pedem, também, fiscalização sobre essa pessoa! Pois será que tudo que ouvimos será mentira, pura invenção? Precisa começar a ter moralidade neste País. Ou realmente há um sistema que rege tudo? Ou,pior, o povo acha que escolhe alguma coisa? Conclamo a todos a irmos às ruas com panelas, ou de qualquer outra forma que mostre a indignação do nosso povo. Por menos muitos pintaram a cara há pouco tempo e mudaram a história, mesmo sem querer. Antes que o pior dos piores aconteça, que tal tomarmos uma atitude?

Rosangela Caris, Mauá

Não caíram!

O efeito produzido pela determinação da presidente foi um engodo e muita gente pensou e ainda acha que de fato os juros caíram. Que nada! Tenho por escrito um famoso banco, onde minha firma opera, cobrando juros de 4,53% ao mês! Como encargo de garantia (?) e mais IOF com taxa muito alta, o que dá, só de juros, 220%. Sim, 220% ao ano. Protestei em face da determinação da presidente Dilma. A proposta do famoso banco privado, via e-mail, foi: ‘O crédito para a firma com encargos de garantia é de 4,53%, mas se o senhor depositar em uma aplicação o seu limite, os encargos cairão para 3,90% mais IOF!' Onde estamos! Esse banco paga taxa líquida de 0,70% nas aplicações de RF. Optei, claro, para zerar a conta na jurídica retirando da pessoa física. Dona Dilma, ponha o BC para vigiar os bancos que não estão acatando os seus pedidos, a não ser que a essas medidas o BC não se importe, porque foi um meio dos correntistas abrirem conta nos bancos administrados pelo governo. Meu pai!

Oswaldo Oliveira, São Caetano

Varrição

Deixa muito a desejar - mas muito mesmo - o desempenho do pessoal encarregado da varrição de ruas do Centro de Santo André. Os funcionários limitam-se a passar a vassoura em linha reta e o que a vassoura empurra vai para o carrinho de lixo. O que não empurra permanece no local. Pedaços de papel e bitucas de cigarros, se estiverem a um metro de distância do ‘trajeto' da vassoura ficam esquecidos. Não acreditei quando vi a funcionária, ‘trabalhando' na Rua Coronel Ortiz próxima à Rua Senador Flaquer, passar a vassoura rente à guia da calçada e ignorar uma bituca de cigarro que estava em cima da guia a uma distância de dez centímetros do ‘trajeto' da vassoura. Isso acontece quase que diariamente! E tem mais: na maioria das vezes os varredores varrem rente às guias da esquina da Rua Gertrudes de Lima até a metade do quarteirão da Rua Coronel Ortiz (não estendem a varrição até a Rua Senador Flaquer). Será falta de orientação de como executar o trabalho para o qual são pagos? Os moradores estão cobertos de razão por reclamar de um serviço incompleto, afinal no Centro pagamos R$ 26,18 de taxa de limpeza pública.

Claudete Reinhart, Santo André

Socorro!

Moro na Rua Votorantim, Vila Vivaldi, em São Bernardo, e estamos com obstrução na rede de esgoto há uma semana. O esgoto está retornando para as residências. Ligamos centenas de vezes para a Sabesp, sem resultado. Pedimos socorro! Acorda, Sabesp!

José Roberto Clares, São Bernardo

Resposta

Em resposta à carta da munícipe Doroti Rodrigues (Lombada, dia 14), a Prefeitura de São Bernardo informa que na Avenida João Firmino, em frente ao Hospital Assunção, não foi instalada lombada e sim travessia elevada, que garante a acessibilidade e facilita a locomoção dos pedestres. O dispositivo está dentro das normas de implantação, o que não gera nenhum tipo de falta de segurança para o pedestre nem ao condutor. As rampas de acesso dos veículos à travessia elevada possuem largura de um metro, o que causa a diminuição da velocidade na via ao acessar a plataforma destinada aos pedestres. Em conjunto com o dispositivo, foi implantada toda a sinalização pertinente à travessia, que são placas que regulamentam a velocidade de 30 km/h. Informamos ainda que a rotatória da Avenida João Firmino com a Rua Ana Maria Martinez foi instalada com as obras da via para oferecer maior fluidez e diminuir os conflitos de veículos.

Prefeitura de São Bernardo