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Muro ameaça cair na Vila São Pedro; parte inferior já cedeu
Por Deborah Moreira
Do Diário do Grande ABC
30/12/2009 | 07:00
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Um muro de arrimo prestes a desabar está tirando o sono dos moradores da Vila São Pedro, São Bernardo. A parte inferior do muro, localizado na Rua Central, cedeu no início de dezembro. Na ocasião, foram constatadas rachaduras na rua e em toda a parede. Vizinhos do local reclamam ontem da falta de uma solução definitiva por parte da Prefeitura. Enquanto isso, perto dali, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, discursava contra o descaso a que a população está submetida.

A casa 35, vizinha ao muro, foi interditada pela Defesa Civil no último dia 4. Outras três moradias da Rua da Constituinte (via que fica no pé do barranco onde está o muro) correm risco de sofrer danos.

Segundo os moradores, a causa do problema teria sido a pavimentação da Rua Central, que provocou deslocamento de terra e estaria empurrando o muro. "Há dois meses a Prefeitura asfaltou a Central. Os trabalhadores disseram que colocariam concreto no trecho ao lado à Rua da Constituinte porque o muro e o barranco não aguentariam", afirmou Aloísio Gomes Filho, 30 anos, morador na Rua Central.

Morador da Rua da Constituinte, 40, vizinho da casa interditada, o aposentado Cláudio Marques, 50, não consegue dormir com tranquilidade. "Quando chove ninguém dorme. Houve uma noite em que caiu um temporal e nós (ele, a mulher e o filho) fomos para o carro com medo que algo acontecesse enquanto dormíamos", contou o aposentado. A família teme por suas vidas e da pequena Halia, de 7 meses, neta de Cláudio e Rosana Marques, 50, que cuida do bebê durante o dia. "Quase sempre vem engenheiro aqui, tira foto, faz cara de que o negócio não está bom e vai embora", relatou Rosana.

"Estamos preocupados porque pode acontecer uma espécie de efeito dominó e derrubar a casa com a gente dentro", afirmou o aposentado José Batista da Silva, 74, morador no 42 da mesma rua. "Tirei os meninos do quarto que é mais próximo do vizinho e coloquei na sala. Não temos para onde ir", disse a dona de casa Quitéria Maria dos Santos, 39, que reside no 44 com o marido e os filhos de 4, 11 e 18 anos.

A Prefeitura disse que realizou vistoria ontem e constatou que as casas permanecem estáveis e que orientou os moradores a ligar para o 199, em caso de emergência.




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