George W. Bush e sua esposa Laura chegaram no início da noite em Londres e foram recebidos no aeroporto de Heathrow pelo príncipe Charles e levados de helicóptero até o Palácio de Buckingham.

As imagens aos vivo da chegada do avião presidencial Air Force One, procedente de Washington, não foram transmitidas pela televisão por razões de segurança.

O convidado da rainha Elizabeth II passará boa parte de sua estadia protegido pelos muros do Palácio de Buckingham e pela sede do premier, no 10 da Downing Street.

Na quinta-feira, o presidente americano e o premier britânico devem conversar sobre questões delicadas como a aceleração da passagem do poder aos iraquianos, anunciada por Bush semana passada e aprovada por Londres, e o conflito israelense-palestino, em torno do qual os dois países mantêm suas divergências nos bastidores.

No plano bilateral, vão falar sobre as taxas suplementares impostas pelos Estados Unidos às importações de aço. O primeiro-ministro britânico é um crítico do assunto.

Na sexta-feira, Bush visita o reduto eleitoral do primeiro-ministro britânico em Sedgefield, noroeste da Inglaterra.

Protestos

Milhares de ativistas prometeram fazer com que Bush sinta a cada dia de sua visita o descontentamento dos londrinos frente à guerra e ao pós-guerra no Iraque.

O ponto alto das manifestações será a queda simbólica de uma estátua de papelão de George W. Bush de cerca de 6 metros de altura na tradicional praça Trafalgar Square, durante uma passeata contra a guerra, na próxima quinta-feira.

Uma pesquisa publicada domingo revelou que 60% dos britânicos vê o presidente americano como uma ameaça para a paz no mundo e que 53% se declararam favoráveis às manifestações durante sua estadia no Reino Unido.

Até o prefeito de Londres, Ken Livingstone, declarou numa entrevista que George W. Bush representa "a maior ameaça já vista contra a vida neste planeta".

A Scotland Yard montou um esquema especial de segurança para a visita. Mais de 1,4 mil policiais estarão de plantão nas ruas da capital britânica para garantir a ordem, principalmente com os protestos convocados contra a presença do líder norte-americano.

Cerca de 250 membros armados dos serviços secretos e 150 conselheiros do departamento da segurança nacional serão mobilizados para proteger Bush. A imprensa londrina informou que dois helicópteros de ataque americanos vão patrulhar o céu de Londres.