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Metalúrgicos da GM aprovam reajuste
Por Eric Fujita
Do Diário do Grande ABC
31/08/2005 | 08:50
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A exemplo dos metalúrgicos das montadoras em São Bernardo, os funcionários da General Motors, de São Caetano, aprovaram em assembléia de terça-feira à tarde a proposta do Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) de um reajuste superior a 9%. O índice prevê a reposição da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e aumento real de 3,7%.

A assembléia reuniu mais de 6 mil trabalhadores dos dois turnos, informou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano (filiado à Força Sindical), Aparecido Inácio da Silva, o Cidão. Atualmente, a GM conta com um total de 8,9 mil trabalhadores. Procurado pela reportagem, o Sinfavea não se manifestou sobre o assunto.

Os empregados da GM foram os últimos a avaliar a proposta na região, depois dos funcionários de Volkswagen, Ford, Scania e DaimlerChrysler – dona da marca Mercedes-Benz –, todas em São Bernardo, que aceitaram o mesmo reajuste. A aprovação aconteceu na assembléia do último sábado, com mais de 3 mil metalúrgicos. Nessas montadoras, a categoria é representada pelo sindicato do Grande ABC (vinculado à CUT).

Com a aprovação, a expectativa agora é que o acordo seja assinado na próxima terça-feira, adiantou Cidão. A data-base da categoria é 1º de setembro. A reposição ficou acertada na negociação da sexta-feira passada com o Sinfavea, numa reunião de 15 horas de duração – das 11h de sexta-feira às 3h30 de sábado.

"Os companheiros entenderam que a proposta é viável principalmente porque conquistamos o aumento real. Não são todas as categorias que conseguem isso na negociação", comemorou Cidão.

A proposta – A proposta acertada com o Sinfavea vale para FEM (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) e Força Sindical. O aumento real de 3,7% será condicionado aos trabalhadores que ganham até R$ 6.523. Quem recebe mais, terá a reposição da inflação mais um abono fixo de R$ 586.

Este é o terceiro ano seguido que os metalúrgicos desse setor conseguem um repasse acima da inflação. Em 2003, os trabalhadores obtiveram a reposição acrescida de 2% e resultou num repasse total de 20%. A categoria conseguiu 4% de aumento real no ano passado, alcançando um reajuste de 10%.

Ainda de acordo com essa proposta, ficou estabelecido um aumento de quase 12% para o piso salarial da categoria em outras regiões do Estado, que passará de R$ 850 para R$ 950. No entanto, esse item não deve ser aplicado na prática no Grande ABC porque o piso salarial médio na região é superior, de aproximadamente R$ 2,2 mil.

Fora as montadoras, as negociações ainda não estão fechadas com outros segmentos – fundição, Grupo 9 e autopeças. As reuniões decisivas sobre reposição estão marcadas para nesta quarta-feira à tarde.




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