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Caso Eloá gerou alta na procura de atendimento psicológico
Por Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
26/10/2008 | 07:03
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A comoção causada pelo caso Eloá teve reflexo nos atendimentos de Saúde do município. A rede Naps (Núcleo Apoio Psicossocial) e Caps (Centro de Atenção Psicossocial), da Prefeitura de Santo André, registrou contatos antes e depois do fim do cárcere. O psicólogo Sebastião de Castro Alves disse que conhecidos das famílias das adolescentes envolvidas relataram sintomas de estresse pós-traumático ou depressão reativa.

"Isso acontece mediante eventos externos. Uma situação alongada, de violência, que é acompanhada em tempo real pela mídia pode gerar uma sensação de impotência acentuada em algumas pessoas. Recebemos três adultos, de idades distintas, após o anúncio da morte de Eloá. Pessoas que estavam sem sono, com falta de apetite ou algum nível de agressividade."

O especialista explica que, além dos sintomas psicológicos, as pessoas com quadros de depressão reativa podem sentir alterações físicas. "Nesse caso, é preciso propor um tratamento à base de medicamentos, normalmente são antidepressivos e calmantes, além de terapia."

A violência também pode gerar o medo da repetição. O coordenador do programa de saúde mental de Santo André, Décio de Castro Alves, conta que foram registrados dois telefonemas de adolescentes durante o cárcere. "Eles estavam com medo de viver situações semelhantes. Temos de levar em conta que um caso exposto dessa maneira, por mais de dez dias, causa mesmo comoção. Quem não se lembra do menino arrastado no Rio e a garota jogada da janela?"




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