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S.Bernardo planeja cursos gratuitos no contraturno
Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
16/02/2013 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


A Secretaria de Educação de São Bernardo projeta a implantação de atividades extracurriculares no contraturno das escolas. O projeto é alternativa à proibição da cobrança de cursos como balé, esportes, idiomas, entre outros, oferecidos na rede de ensino até o ano passado.

A discussão está sendo realizada em caráter inicial junto a outras secretarias, como a de Esportes e Lazer. Segundo a diretora de Educação, Maria Helena Negreiros, a princípio serão estudados os recursos disponíveis nas secretarias para elaboração de projeto que contemple todos os cerca de 85 mil estudantes da rede. "Não garanto que vamos substituir as aulas existentes porque vamos estudar quais são as demandas da comunidade."

Maria Helena comenta que o processo de finalização das atividades no contraturno escolar vem sendo feito junto às APMs (Associações de Pais e Mestres) e a APCESBC (Associação dos Profissionais dos Cursos Extracurriculares) desde 2009. "É importante frisar que não proibimos a realização dos cursos, mas sim a cobrança, porque não é permitida por lei. Qualquer professor que queira realizar atividade gratuita pode procurar as APMs", diz.

PROTESTO

Ontem, pais, estudantes e professores realizaram manifestação em frente à Secretaria de Educação. Com carro de som, cartazes e apitos, o grupo reivindicou a volta das atividades que atendiam cerca de 2.000 alunos e foram interrompidas neste ano. "Já levamos o caso ao Ministério Público e estamos defendendo nosso direito de que as aulas sejam mantidas", destaca a presidente da associação, Valéria Vieira.

O protesto foi realizado em resposta ao cancelamento de reunião agendada entre a secretária de Educação, Cleuza Repulho, e representantes da associação, marcada para ontem. Comissão de seis pais foi recebida por integrantes da Pasta em reunião que durou cerca de duas horas.

Após ouvir os motivos para o cancelamento dos cursos, o grupo decidiu não recuar. O próximo passo será aguardar parecer do Ministério Público sobre o caso, além de cobrar providências do prefeito Luiz Marinho (PT).

A equipe do Diário não conseguiu falar com o promotor responsável pelo caso na Vara de Infância e Juventude de São Bernardo.




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