A reeleição do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, não afetará as relações com a Europa, apesar da rejeição à guerra no Iraque por parte da opinião pública européia, segundo um estudo publicado esta segunda-feira pelo Fundo German Marshall dos Estados Unidos.

"Não cabe dúvida de que a brecha transatlântica que surgiu antes da guerra no Iraque continua existindo, mas a reeleição de George W. Bush, cujas decisões são percebidas como a causa principal dessa brecha, não parece ter piorado as relações dos Estados Unidos com a Europa", concluem os autores do estudo, realizado na Alemanha, Estados Unidos e França.

O intenso ressentimento inspirado pela superpotência americana está em retrocesso, segundo pesquisas realizadas entre 29 de novembro e 2 de dezembro: 65% dos franceses e 57% dos alemães desaprovam o papel preponderante dos Estados Unidos no mundo, um número menor em oito e três pontos, respectivamente, que a de junho.

No entanto, esta melhoria é relativa: um mês depois das eleições americanas, a metade dos alemães e dos franceses esperava que a reeleição de Bush piorasse as relações entre a Europa e os Estados Unidos, enquanto que apenas 34% esperava uma melhoria.