Política Titulo Santo André
Bete Siraque é homologada no PT e busca resgate às origens

Vereadora no segundo mandato encabeça chapa majoritária ao lado de outra mulher, do PCdoB

Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
14/09/2020 | 07:00
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 A vereadora Bete Siraque foi referendada na convenção do PT de Santo André como candidata à Prefeitura. Com alcunha de professora nas urnas, a parlamentar, atualmente no segundo mandato, mira discurso de resgaste às origens e legado do partido na cidade, onde a sigla governou por cinco mandatos. O ato, realizado de forma virtual, homologou o nome de Bete e da vice Morgana Ribeiro, ex-militante de movimentos estudantis e filiada ao PCdoB, aliado histórico do petismo – única legenda a compor a coligação. Será a primeira vez que a vereadora encabeça chapa majoritária.

Bete, 50 anos, é filiada ao PT desde 1989. Foi secretária adjunta de Educação e diretora da pasta nas gestões de Celso Daniel, morto em 2004, e João Avamileno (SD) – o último entrará no páreo como concorrente. Ela é mulher do ex-deputado Vanderlei Siraque, que hoje integra a chapa de vereadores pelo PCdoB. “Momento é de diálogo e falar de projeto para as pessoas, visão social. Temos história e um legado grande em Santo André. Isso tem aproximado (o eleitorado). Estou feliz em assumir essa tarefa. Sei da resposabilidade enorme que é representar o PT, mas tenho disposição, trajetória no Executivo e no Legislativo, que me dá gabarito e know-how para brigar na disputa.”

A parlamentar considerou que o petismo vive hoje cenário distinto daquele da eleição municipal anterior, em 2016, quando o então prefeito Carlos Grana não conseguiu se reeleger ao cargo, sob desgaste institucional do partido. “Houve processo de desconstrução do PT. Essa desconstrução criou um monstro, figura prejudicial ao País, principalmente numa pandemia. Só que as máscaras estão caindo, desde a conduta do (ex-juiz Sergio) Moro aos desdobramentos das ações contra o ex-presidente Lula. Estou nas ruas e não vejo rejeição.”

O PT até buscou ampliar o arco de alianças, contudo, as conversas não avançaram. Houve tentativa de acordo, inclusive, com Avamileno e Bruno Daniel (Psol), que declinaram – não abriram mão de se lançar a prefeito. Mesmo sem ampliação do quadro, Bete analisou que, apenas com o PCdoB na composição, a proposta “mantém a coerência” ideológica, e que postulará apoios em eventual segundo turno. “O projeto tem alinhamento de esquerda, defesa de bandeiras históricas do partido, ligadas às lutas sociais. Em 2004, saímos com o PCdoB (além de PV e PCB) e vencemos a disputa, apesar do momento de crise, todo drama com a morte do Celso.”




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