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Unicef rebate denúncias contra Pelé
Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
23/11/2001 | 00:05
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O representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Rudi Tarneden, negou nesta quinta que a Pelé Sports & Marketing, empresa de Edson Arantes do Nascimento, tenha recebido US$ 700 mil, em 1995, para organizar um jogo beneficente – inicialmente previsto, mas não realizado em Buenos Aires, Argentina.

Tarneden é porta-voz do Unicef na Alemanha. Segundo ele, não é costume da entidade repassar verbas para promoções de shows esportivos. Disse, também, que não houve exceção para o espetáculo de Buenos Aires, que se chamaria Move the World (Movimente o Mundo). “Um jornal divulgou e algumas agências internacionais reproduziram que Pelé ganhou US$ 700 mil do Unicef. As informações estão incorretas. A entidade não tem lucros ou prejuízos”, disse, ao esclarecer um dos pontos da polêmica que envolve o nome do Atleta do Século.

Na edição de domingo passado, a Folha de S.Paulo publicou uma reportagem em que Roberto Seabra, ex-sócio de Edson Arantes do Nascimento, acusa a Pelé Sports & Marketing de não ter devolvido US$ 700 mil arrecadados para um evento beneficente para o Unicef na Argentina. Seabra tenta provar um suposto vínculo empregatício entre ele e a firma de Pelé. É possível que o caso, em tramitação na 18ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho, pelo juiz Derli Mauro Cavalcanti da Silva, seja encaminhado para o Ministério Público Federal – que julga crimes fiscais. No laudo pericial do processo, teriam sido encontradas irregularidades na contabilidade da empresa.

O perito Paulo Roberto Lobo Guimarães confirmou que existem problemas contábeis nos registros da Pelé Sports & Marketing. Entre outros itens, citou o recebimento de cheques não contabilizados no período de 1993 e 1994, além do uso de dois talões de notas fiscais que têm numeração idêntica. Guimarães ainda aponta algumas falhas, como o não registro da empresa na Jucerja (Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro).




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