Setecidades Titulo Mobilidade
Travessia Segura
custará R$ 10 milhões

Consórcio pretende retomar programa educativo
no início de 2014; o objetivo é intensificar a ação

Fabio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
19/09/2013 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


A retomada do programa Travessia Segura irá custar cerca de R$ 10 milhões ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. A ação, cujo objetivo é diminuir o número de atropelamentos, foi lançada em dezembro de 2011 e, quase dois anos depois, ainda não emplacou. O presidente da entidade e prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), deve retomar o projeto no início do ano que vem.

Apesar dos discursos, o programa nunca chegou a ser prioridade na região. O único investimento aplicado foi feito em abril de 2012 pelo então presidente Mário Reali (PT), ex-prefeito de Diadema. Na época, o Consórcio chegou a injetar cerca de R$ 200 mil para a produção de materiais publicitários e a contratação de atores que faziam encenação em semáforos. Em meados do mesmo ano, no entanto, o Travessia Segura foi suspenso devido à campanha eleitoral. O argumento era de que as ações seriam ofuscadas pelas propagandas dos candidatos.

Segundo a coordenadora do GT (Grupo de Trabalho) de Mobilidade do Consórcio, Andrea Brisida, a intenção era retomar o projeto ainda neste ano, o que não foi possível devido a problemas orçamentários. Ela estima que seriam necessários cerca de R$ 16 milhões para que a ação fosse relançada. No entanto, após avaliação da disponibilidade financeira, o programa será enxugado para que caiba nos cofres da entidade.

“Esse valor é necessário para que sejam feitas as ações educativas em semáforos, pontos comerciais e escolas, tanto públicas como privadas”, comenta a coordenadora. Apesar do trabalho de orientação, tanto para pedestres quanto para motoristas, a fiscalização deve ser feita por cada um dos municípios. “O Consórcio não pode aplicar multas de trânsito, pois isso iria ferir o CTB (Código de Trânsito Brasileiro)”, acrescenta Andrea.

O CTB estabelece que os valores das punições para motoristas que desrespeitarem a faixa de pedestres variam entre R$ 85,13 e R$ 191,53.

DIA SEM CARRO

No domingo será comemorado o Dia Mundial Sem Carro, evento que encerra a Semana da Mobilidade. A data foi criada na França, em 1997, e tem o objetivo de alertar a população sobre a importância de meios alternativos de mobilidade. Na região, já confirmaram adesão as prefeituras de Santo André, São Bernardo e Mauá. São Caetano e Diadema informaram que não terão ações especiais para o dia, enquanto Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não informaram as programações.

Mortes por atropelamento têm alta de 2,1%

O número de pessoas mortas depois de terem sido atropeladas teve alta de 2,1% de 2010 para 2011, segundo dados divulgados ontem pelo Observatório Paulista de Trânsito do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo). Em 2011 foram 97 vítimas fatais, ante 95 no ano anterior. A quantidade equivale a um morto a cada quatro dias.

De 2006 para 2011, o aumento foi ainda maior, de 10,2%, passando de 88 para 97 casos. No período de seis anos, 2008 foi o mais violento para os pedestres, com 116 falecidos. O número caiu nos dois anos seguintes, voltando a subir em 2011.

No Estado, a evolução nos seis anos foi menos significativa: apenas 0,1%. Já a Capital apresentou queda de 1,2% no mesmo período, passando de 597 para 590 ocorrências.

Diadema foi a cidade da região com mais mortes na proporção com o tamanho da população. Foram 8,25 pedestres mortos para cada 100 mil habitantes. A taxa é maior do que a do Estado, de 5,10, e da Grande São Paulo, com 5,12. Para a coordenadora do GT (Grupo de Trabalho) de Mobilidade do Consórcio, Andrea Brisida, o grande número de casos em Diadema pode ser relacionado ao fato de o município ser cortado pela Rodovia dos Imigrantes. 




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